terça-feira, 13 de março de 2012

Teixeira caiu. E agora?

"Tchau, I have to go now". Ricardo Teixeira pede renúncia da CBF e COL. Fonte: agência Estadão

Após 23 anos de mandatos, Ricardo Teixeira renunciou a presidência da CBF. Depois da fatídica entrevista na Revista Piauí, onde ele escancarava sua arrogância e prepotência, o governo brasileiro começou um processo lento de bastidor para minar o seu poder, e forçá-lo a largar o poder na CBF e no COL. Palmas para Dilma, que após a divulgação desta matéria citada decidiu que a Copa 2014 não poderia ter como chefe um personagem tão patéticoe arrogante.

Lendo todas as reportagens, blogs e entrevistas de diversos jornalistas renomados e que eu me espelho, notei uma certa dose de alívio, porém ao mesmo tempo preocupação. Preocupação por José Maria Marin (ou zé da medalha pros íntimos), que surrupiou uma medalha na final da Copa SP de futebol junior, deixando o goleiro reserva do Corinthians até hoje sem medalha. Preocupação pela continuidade, já que 3 parentes de Teixeira continuam fazendo parte da cúpula da CBF. Preocupação pela subserviência dos clubes ao Sr. Teixeira. A pergunta que fica é: E agora, o que acontece?

Honestamente, eu acho que não vai acontecer NADA. Posso parecer cético, mas não consigo vislumbrar uma mudança no quadro da CBF com o sistema político atual que rege a entidade. Até acredito que Marin não dure muito tempo no cargo, mas os clubes no Brasil ainda pensam pequeno, com dirigentes amadores no sentido pejorativo mesmo, verdadeiros incompetentes a desserviço dos clubes, achando que as agremiações são extensões dos seus negócios pessoais, se promovendo as custas do futebol.

Com esse vácuo no poder, os clubes deveriam tomar para si as rédeas do futebol nacional. Uma criação de uma liga forte, onde os clubes pudessem ter o total controle sobre as ações de organização de competições, calendário, promoção da liga como produto para o Brasil e o mundo, enfim. Os clubes brasileiros são muito mal explorados internacionalmente porque seus dirigentes não tem o mínimo de controle sobre os campeonatos locais, deixando tudo nas mãos das Federações e da CBF, que só se preocupa com a Seleção Brasileira e a Copa 2014.

A dissolução (ou implosão, como queiram) do clube dos 13 no ano passado, mostrou o quanto os clubes não tem força para se unirem num objetivo em comum. Se curvando à Globo e a Teixeira, negociaram um contrato de TV bem abaixo do que poderia receber se abrissem a livre concorrência. mais uma vez, o rabo preso imperou. E me arrisco a dizer que, apesar do acontecimento da renúncia, ainda impera.

Ainda sonho com o dia em que a Seleção brasileira volte a ter amistosos decentes em campos decentes sem precisar "vender a alma". Também tenho esperanças que um dia os clubes se toquem da sua real importância e criem uma Liga forte, aos moldes das principais Ligas Européias (seguindo inclusive o calendário), e tratem o Campeonato Brasileiro como o produto fenomenal que ele tem potencial para ser. E para ser mais sonhador ainda, espero que o Ricardo Teixeira um dia seja preso por todas as falcatruas que cometeu.

Sonhei demais, não acham?

2 comentários:

  1. Não vai acontecer nada mesmo! Nem a prisão do RT. Sabe pq? Pq ele largou o osso e dividiu com os "amigos" - leia-se comparsas - justamente pra tirarem o dele da reta e ele poder ter sua aposentadoria tranquila em algum paraíso fiscal, bancada às custas da maior paixão do povo brasileiro.

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  2. Não vai acontecer nada mesmo! [2] Mas, amém que ele saiu...

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