sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Galo forte, copeiro, vingador e peleador!

O Atlético Mineiro foi gigante na Copa do Brasil. Fez jus ao seu hino e foi forte e vingador durante toda a campanha no torneio de mata-mata que mais inclui clubes no Brasil, e venceu seu rival Cruzeiro numa final que já entrou para a história do futebol mineiro e porque não, do futebol brasileiro. O gol de Tardelli (que por incrível que pareça foi o primeiro no torneio) coroou a campanha épica do Galo, que jogou os dois jogos como se fosse a última final disputada pelos jogadores, enquanto o Cruzeiro encarou o jogo de uma forma mais devagar (principalmente no primeiro jogo no Horto, que encaminhou muito o título).

O time treinado por Levir Culpi teve a ombridade de não se acovardar no segundo jogo, e foi pra cima do Cruzeiro no Mineirão de azul (e cinza, já que os ingressos estavam um assalto e muitos assentos ficaram vagos). Desde o início o Atlético se impôs, mostrou que estava melhor preparado para encarar a partida, e se aproveitou do claro abalo psicológico dos cruzeirenses, que mostraram um descontrole típico de quem estava se sentido pressionado a reverter um resultado contra um adversário que o conhece como poucos.

Méritos do treinador Levir Culpi, que reformulou a equipe em meio ao brasileiro e fez com que um time recheado de garotos chegassem a este título merecido. Agora é manter a base e partir para a Libertadores do ano que vem, onde essa equipe com um ou outro reforço pode almejar grandes objetivos na competição continental. Quanto ao Cruzeiro: belo futebol, mas falta mais sangue no olho. Com o time jogando dessa forma, a Libertadores dificilmente será conquistada no ano que vem.

Que me desculpem os Cruzeirenses, mas 2014 vai ser mais lembrado pela derrota pro arquirrival na final da Copa do Brasil do que pelo título brasileiro...


quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Rápida e eficiente, seleção nos faz acreditar em um 2015 melhor

Não vai ser um ano fácil de se recordar pra história da seleção brasileira. Uma Copa do Mundo em casa, com todo apoio da torcida, um bom elenco que tinha possibilidades de conquista do hexacampeonato terminou de forma trágica com uma goleada histórica sofrida na semifinal contra a Alemanha. Aquele 7x1 jamais será apagado da história dos mundiais, muito menos da história do futebol brasileiro. Sendo assim, o que viria após uma derrota tão acachapante?

Veio Dunga. E com ele, o descrédito, já que o treinador havia fracassado em 2010 na África do Sul. Torcedores e comentaristas não acreditaram muito no que Dunga poderia fazer para reconstruir um trabalho que foi arrasado pelo verdadeiro bombardeio alemão (com uma ajuda da artilharia holandesa). E Dunga iniciou seu trabalho com desconfiança (já deve estar acostumado com isso durante toda sua carreira como jogador e treinador), duas vitórias magras diante de colombianos e equatorianos. Veio a sequência do trabalho, com vitórias sobre a Argentina (freguesa nos últimos anos) e Japão. O time conquistou uma certa confiança. 

Na última semana, a seleção se reuniu para dois amistosos. O primeiro foi um show de bola contra uma Turquia que parecia não entender o que estava acontecendo, porque Neymar e Willian pareciam prever onde a bola ia e a controlavam de forma magistral. O 4x0 foi o suficiente para a seleção brasileira ser aplaudida de pé pelos turcos que compareceram a partida. Já contra a Áustria, o jogo foi muito mais duro, e a seleção sofreu o primeiro gol depois de 524 minutos sem ter a meta vazada. Mas a bomba de Roberto Firmino (que já tinha sido citado por este blogueiro após o jogo diante do Japão) garantiu a sexta vitória em seis jogos para os brasileiros.

O saldo desse início de trabalho é bom, e o Brasil parece estar formando uma equipe jovem e competitiva para o próximo ciclo.Os dois últimos amistosos mostraram que jogadores como Firmino e Douglas Costa tem potencial para se firmarem na seleção. Mostraram também que o time está muito consciente em campo, com variações táticas, jogadas ensaiadas, muita movimentação e velocidade. Com isso, nada de centroavante paradão (Luiz Adriano, desculpa, mas não dá nem você nem ninguém do seu estilo) nem de laterais extremamente ofensivo (Dani Alves e Marcelo tem grandes chances de não voltarem a seleção).

O ano de 2015 promete com a Copa América e o início das eliminatórias para o Mundial 2018. E o Brasil parece estar se recuperando do grande golpe sofrido em 2014. Até onde esse time de Dunga pode chegar, não sei. Mas o futebol apresentado traz uma esperança de dias melhores para a seleção.


quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Final de campeonato tem mais ingredientes do que só o bom futebol...

Veja bem caros leitores, não estou aqui querendo desvalorizar o bom futebol, pelo contrário. Sempre que possível, eu procuro exaltar o jogo bem jogado com as equipes bem organizadas taticamente, com jogadores com bons recursos técnicos e que buscam sempre a meta adversária. Admiro uma equipe bem treinada, que sabe trocar passes em velocidade e que saibam jogar o jogo inteligentemente. Isso é fundamental no futebol atual, ainda que pouquíssimos escretes consigam fazê-lo.

Dito isso, em uma final de campeonato outros ingredientes entram em cena. Talvez por isso exista essa certa aura de emoção envolto aos torneios de mata-mata. Decisão é diferente, não é só um jogo de futebol. É psicológico. Confiança, medo, garra, vontade, disposição... A maneira que se encara uma final normalmente é diferente dos outros jogos. Geralmente vence aquele time que tem mais "sangue no olho", que entra em campo disputando a bola como um faminto encara um parto de comida.

E foi assim que o Atlético Mineiro entrou ontem no gramado do Independência para o clássico mais importante da história contra o seu arquirrival Cruzeiro. Os jogadores estavam com aquele espírito mágico de uma final, entraram ligados em todas as bolas, de olhos bem abertos em todo e qualquer vacilo adversário, disputando cada palmo do terreno de jogo como se defendessem a própria vida. O jogo não foi um primor técnico, apesar das duas equipes serem qualificadas para apresentarem um bom futebol. Tanto que os dois gols do Galo nasceram de arremessos laterais, que resultaram nos gols de Luan (impedido, mas um erro perdoável) e de Dátolo. Gols que deram uma vantagem  expressiva para a equipe comandada por Levir Culpi levar ao Mineirão no dia 26 de Novembro.

Já o Cruzeiro foi apático durante quase toda a partida. Exceto um ou outro lance esporádico, o time de azul ontem não foi nem sombra do líder do campeonato brasileiro que arrasa com seus adversários. Observando o jogo, os atletas cruzeirenses pareciam atônitos com aquele ambiente criado pela massa atleticana e que os jogadores alvinegros reproduziram dentro das quatro linhas. O Cruzeiro verdadeiramente não entrou para jogar a final, veio mole, e até certo ponto desleixado. Vai ter que empatar na disposição, na vontade, no "sangue no olho" com os atleticanos no jogo de volta, ou pode ver o título da copa do Brasil escapando para o rival em pleno Mineirão repleto de cruzeirenses.

Tudo em aberto ainda, apesar da ampla vantagem atleticana. O Cruzeiro vai precisar mais do que um bom time para reverter o quadro. Vai precisar de atitude. Atitude essa que não apareceu ontem no Independência.

Como eu conversei com amigos ontem depois do jogo: O Cruzeiro parecia uma equipe de jogadores que foram criados por vó em apartamento. Já os jogadores do Atlético lembravam mais aqueles varzeanos que apostaram um churrascão pro campeão do torneio do bairro. Quem já acompanhou torneio de várzea sabe da vontade que esses caras jogam...




quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Mudança às vezes é retrocesso.

Passado o período eleitoral, onde mudança e retrocesso foram duas palavras muito utilizadas pelos candidatos a presidente da República, me utilizo desses vocábulos para descrever a situação do meu clube de coração.

Ontem o Clube de Regatas Vasco da Gama retrocedeu. Resolveu escolher um passado sombrio e pernicioso para comandar o clube de São Januário para o próximo período. Eurico Miranda foi escolhido ontem como o novo (velho) presidente cruzmaltino, que tocará a Nau vascaína até 2017. Muito foi dito, discutido e prometido durante o processo eleitoral do clube, mas o que me impressionou mais foi a vitória com uma certa margem do candidato Eurico Miranda. Explico.

Nunca duvidei da força política de Eurico Miranda na política vascaína. Nos dois mandatos de Roberto Dinamite ele foi o articulador do grupo Casaca, que fez grande oposição ao grupo político da situação, e ficou claro que o objetivo de Eurico era a volta ao poder. Vários ataques foram proferidos, denuncias e até alguns criacionismos foram feitos para tentar desestabilizar a vida política do clube. E o objetivo foi alcançado.

Na verdade, o meu texto quer justamente atingir esse ponto: O principal culpado desse retrocesso do Vasco é do atual presidente. Roberto chegou em 2009 carregando a esperança de mudança, de uma nova política dentro do clube, com a liderança de um grande ídolo para conduzir o clube de volta aos períodos de glória. Entretanto, Dinamite se perdeu, foi se isolando politicamente, perdendo força na política interna e externa e culminou com o rebaixamento do ano passado e a campanha pífia do clube esse ano, que corre grande risco de não subir para a série A do ano que vem.

Situações desesperadas requerem (nesse caso, resultam) medidas desesperadas. Ao meu ver, isso explica muito da votação expressiva para a volta de Eurico. O clube se apequenou de uma maneira tão absurda de 2012 para cá, que os associados encontraram no velho Eurico a esperança que a política de se impor através da força, ao melhor estilo "pé na porta e soco na mesa" fará com que o Vasco volte aos tempos de glória.

Entretanto, fico com alguns questionamentos: Imagine que você é um profissional bem conceituado na sua profissão e que tem propostas de trabalho de diversas empresas grandes e tradicionais. Dentre essas propostas, está uma empresa muito tradicional que está tentando retornar ao topo do mercado. Seria um grande desafio, mas bastante promissor, correto? Imagine então que ao pesquisar a situação dessa empresa, você descobre que o presidente deste lugar deve 5 milhões a própria empresa, condenado pela justiça. Descobre também que este senhor sabidamente atrasa salários com uma grande frequência, e que a sua credibilidade no mercado está baixa, dificultando investimentos que a empresa necessita para crescer. Com tudo isso, você trabalharia nessa empresa? Acho que a maioria concorda que não. 

É assim que enxergo a situação de qualquer grande jogador que tenha proposta de Jogar no Vasco. Uma equipe com problemas, administrada por um presidente corrupto (a Justiça quem fala, não sou eu), que não tem credibilidade alguma para captar patrocínios para investir na equipe, terá condições de trazer algum nome de peso? 

O que eu quero dizer que o futebol brasileiro de hoje não é mais o de 10 anos atrás. Os clubes que não se modernizaram, que não evoluíram nas suas gestões, ficaram para trás. O mais incrível para mim é o clube voltar ao modelo de um passado onde os cartolas-torcedores dominavam o cenário político dos clubes e apostar que isso vai dar certo. Prevejo mais sofrimento para os vascaínos.

Espero que eu esteja equivocado.


quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Um sábado no Rei Pelé

Primeiramente, gostaria de me desculpar pelo atraso dessa postagem. A semana foi meio turbulenta e eu só tive tempo e calma suficiente pra desenvolver o texto agora. Mas vamos ao que interessa: que jogo no Rei Pelé!

O CRB mostrou futebol eficiente e em alguns momentos bonito, com uma equipe bem posicionada e que sabia o que queria em campo, e ampliou a vantagem já obtida no jogo de ida no Rio. Com a vitória por 2x0 em casa, o Galo da praia confirmou seu acesso para a série B. Agora o Galo enfrenta o Macaé pela semifinal da série C, e almeja conquistar o título inédito para a torcida regatiana. Mas o texto quer abordar a experiência do torcedor. E nessa o torcedor mais chorou do que sorriu, principalmente devido ao amadorismo dos organizadores do evento.

A chegada ao estádio foi relativamente tranquila. O Rei Pelé tem duas vias de acesso (Siqueira Campos e pela praia da Avenida) e o fluxo de veículos, em se tratando de dia de jogo, estava razoável. Eu e meus amigos chegamos a porta do estádio e a primeira surpresa: uma fila quilométrica para entrar, faltando cerca de duas horas para o início do jogo. Pacientemente, fomos até o final da fila, esperamos mais de uma hora, quando ela começou a acelerar. Entrando no estádio, nova surpresa: abriram as catracas e a fila foi desfeita na rampa de acesso as arquibancadas. As revistas estavam sendo feitas antes das catracas de ingressos de forma desordenada, com uma quantidade absurda de gente. Passada a revista, o pior momento: o afunilamento daquele mar de gente para passar o ingresso na catraca. Pessoas empurradas, machucadas e esmagadas para conseguir ver o time do coração no jogo mais importante do ano. Mais uma barreira superada, entramos no estádio (já lotado) cerca de 20 minutos antes do início da partida. Fomos ao local que acreditamos estar menos cheio pra ver a partida, atrás de um dos gols. Assistimos o jogo de pé (isso eu particularmente atê gosto mas tem gente que não aceitaria), e curtimos a vitória do Galo. A saída do estádio foi relativamente tranquila.

Como torcedor, ficam os velhos questionamentos: Foram anunciados pouco mais de 17.500 presentes no estádio. Visualmente e de acordo com alguns relatos de policiais, tinham pelo menos umas 20.000. Porque a conta não bate? Porque a diretoria já não conta com uma média das gratuidades? Porque o torcedor tem que ser tratado como gado? Porque, num jogo que um dia antes já estava certo de ser o maior público do ano no Rei Pelé, os portões só foram abertos duas horas antes do início do jogo?

São questionamentos que eu não consigo responder de forma coerente. Se alguém puder ajudar, eu ficaria grato.

Mas a festa dentro do estádio foi de arrepiar. A nação regatiana vibrou, sofreu, fez mosaico, piscou os telefones, cantou sem parar e saiu do Trapichão de alma lavada. O CRB vai estar entre os 40 melhores clubes do Brasil em 2015. E vai buscar o título nacional nesse final de temporada. Tudo isso vivido em mais um sábado no Rei Pelé...

Apesar de todos os problemas pra te acompanhar, Avante Galo!

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Brasil rápido no ataque e sólido na defesa.

A seleção brasileira triturou o Japão por 4 x 0, no amistoso disputado hoje pela manhã em Cingapura. Neymar marcou os quatro gols, chegando a 40 com a camisa amarelinha. Mais uma vez o Japão não foi páreo para a seleção. Final de jogo, e ficam algumas análises sobre os quatro primeiros amistosos que o Brasil fez após a traumática Copa do Mundo no Brasil e o inesquecível 7 x 1 tomado contra a Alemanha.

Primeiro ponto: o Brasil de Dunga ainda não sofreu gols. Esse dado esconde alguns defeitos, já que as duplas de zagas foram variadas nos testes, Miranda ainda está se adaptando e o próprio Thiago Silva ainda deve voltar a integrar a equipe. Mas ficou claro que Dunga irá priorizar uma consistência defensiva no seu time, e irá liberar menos os laterais. Marcelo e Daniel Alves tendem a ser preteridos, e laterais com bom posicionamento defensivo como Felipe Luís devem ter uma maior regularidade.

Além disso, os volantes serão peças fundamentais nesse esquema, pois têm de fazer o balanço defensivo e ainda conseguir chegar ao ataque. Nesse quesito, ao meu ver levam vantagem Ramires, Luis Gustavo e Souza.  Ainda no meio de campo, Oscar e Willian saíram na frente, mas não devem ter vida fácil, pois Phillipe Coutinho e Everton Ribeiro estão jogando muito e pedindo passagem. Particularmente eu não sou muito fã da dupla do Chelsea, acho que os dois citados estão em melhor fase e mereciam uma oportunidade da titularidade em alguns amistosos. Dunga tem uma boa dor de cabeça.

Quanto ao ataque, Tardelli e Neymar até agora formaram uma boa dupla, com muita velocidade nas tabelas e movimentação constante na frente, dificultando a vida das zagas adversárias. Com a média de dois gols (sendo 7 dos atacantes citados) por jogo, o Brasil tem concluído bem a gol nos amistosos, mas ao meu ver, ainda preocupa no quesito peça de reposição. Ainda sofremos do mesmo mal do último mundial, onde sem Neymar o ataque ficaria "sem peso". Robinho dificilmente chegará em 2018. A verdade é que faltam bons atacantes para vestir a camisa da seleção. Um nome que seria interessante a se observar é o de Roberto Firmino que vem jogando muito bem a Bundesliga pelo Hoffenheim, sendo mais um nome desconhecido do grande público brasileiro. E ainda defendo a volta de Hulk a seleção, mas o paraibano parece ter caído em desgraça com Dunga devido ao seu corte mal explicado nos primeiros amistosos da era Dunga.

Pra início de trabalho, Dunga conseguiu o que mais desejava: vitórias. Elas darão a tranquilidade e a confiança necessária para que o treinador possa aos poucos moldar a equipe a sua maneira e conseguir obter o êxito nas disputas que se seguirão, como a Copa América e as Eliminatórias para Copa 2018.


domingo, 12 de outubro de 2014

De volta para o futuro

No último sábado, passado e futuro se misturaram no Ninho do Pássaro, em Pequim. Brasil e Argentina duelaram pelo "título" do Superclássico das Américas, no primeiro jogo entre as duas equipes após a Copa do Mundo. A albiceleste era favorita, já que foi vice campeã do mundo em Julho, e vinha de goleada sobre a Alemanha. Além disso, apesar de Tata Martino ter assumido o comando da equipe, a base da equipe é a mesma do mundial. Já o Brasil sofreu uma reformulação maior depois do vexame histórico de 7x1 diante da Alemanha. Alguns velhos conhecidoscomo Kaká e Robinho foram trazidos de volta, e o sistema de jogo foi modificado pelo novo (velho) treinador Dunga. Diego Tardelli ganhou a condição de titular, dando uma mobilidade maior ao ataque brasileiro. O time também passou a jogar com dois meias, com Willian e Oscar responsáveis pela armação.

No início, o jogo parecia que ia ser todo da Argentina. Marcando a bem a saída de bola brasileira, com um Di Maria inspirado, o Brasil parecia perdido e os Argentinos a qualquer momento fariam o gol. Mas foi aí que o Brasil de Dunga mostrou a que veio, no melhor estilo Dunga de contra-atacar que se caracterizou a sua primeira passagem na seleção. Após cruzamento de Oscar, a zaga falhou e Tardelli pegou um belo sem pulo que não deu chances a Romero. Messi teve a chance do empate num pênalti duvidoso, mas Jefferson pegou. Segundo tempo o Brasil voltou melhor e a Argentina diminuiu o ritmo. Na bola parada (outra marca de Dunga em sua passagem anterior no scratch cebeefiano), Tardelli fez o segundo dele e consolidou sua posição de herói da noite. Neymar ainda perdeu outro gol incrível, mas o Brasil venceu. Dunga novamente batia os Argentinos (nunca perdeu pros hermanos como treinador da equipe principal brasileira).

Esse jogo mostrou o que Dunga está querendo do time. Ficou nítida a grande disciplina tática, uma opção pela velocidade ao invés da referência fixa no ataque, uma opção por laterais mais defensivos para liberação dos meias e um time sólido defensivamente. Esses, ao meu ver, serão os pilares táticos e técnicos para a montagem dessa seleção brasileira.

Qualquer semelhança com o time de 2010, não será mera coincidência.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

A culpa (também) é minha.

Aconteceu novamente. Infelizmente, volto a este veículo para discorrer sobre um assunto desagradável e inconsequente de uma parcela da torcida do Grêmio. O jogo corria bem, com futebol até bem jogado, chances para os dois lados e uma vitória santista por 2x0, com gols de David Braz e Robinho. No final do segundo tempo, o goleiro Aranha se dirigiu ao árbitro para reclamar de ofensas racistas proferidas por torcedores gremistas atrás da sua meta. O árbitro ignorou o reclame e prosseguiu com a partida. Felizmente, a ESPN Brasil conseguiu fazer imagens de vários desses idiotas que xingavam o goleiro santista, o que comprovou o fato. Aranha deu uma entrevista pós jogo visivelmente transtornado (não era pra menos). Não era a primeira vez que ocorria isso com ele no estádio do Grêmio, e infelizmente talvez não seja a última.

Não vou ficar aqui repetindo o óbvio. Meu post hoje é para pedir desculpas. Desculpas não só para o Aranha, mas para o Tinga, para o Paulão, para o Arouca... enfim, para todos os jogadores que sofrem com o racismo dentro dos estádios de futebol. Eu me incluo no pedido de desculpas simplesmente porque nós fazemos parte de uma sociedade preconceituosa. Nós fazemos parte de uma sociedade que atravessa a rua quando avistam um negro vem em sua direção, que acelera o carro quando vê um negro se aproximando de moto ou quando pedimos pro nossos filhos ficarem longe daquele moleque de rua negro, pobre e sujo. 

O futebol nada mais é do que o reflexo da nossa sociedade. O torcedor nada mais é do que o cidadão dentro de um estádio, ou seja, ele ainda é o mesmo cidadão, com seus defeitos e qualidades. Precisamos parar de justificar certas atitudes por causa do "calor da partida", ou por "questões culturais", que fazem com que o homem mostre quem realmente é. A paixão pelos clubes não pode ser justificativa para que qualquer um saia cometendo crimes (lembrando que não só a violência entre as torcidas como a homofobia está muito presente nos estádios de futebol) livremente sem quaisquer punição. Chega. É momento de dar um basta nessa situação.

Que os culpados identificados sejam exemplarmente punidos em todas as esferas da justiça (esportiva, civil e penal), e que esse episódio, junto com todos os outros, sirvam como um momento de reflexão pessoal para cada torcedor e para cada cidadão brasileiro. Um país tão multicultural, que tem Pelé como rei do futebol, não pode continuar disseminando o "racismo nosso de cada dia". Vamos tentar melhorar como pessoas, porque só assim iremos melhorar nossas torcidas e os estádios poderão ter novamente a festa do futebol sem casos lamentáveis como o de ontem.

A culpa também é nossa.

OBS: Quando citei que isso era recorrente em jogos do Grêmio, que fique claro que é uma parcela (menor, porém numerosa) da torcida gremista. Um clube glorioso de tantos ídolos negros como Tesourinha, Everaldo, Paulo César Caju, Tarcísio Flecha Negra, Aírton Pavilhão... (são tantos que eu poderia passar o resto da tarde discorrendo), não merece ter como torcedor essa minoria burra e idiota.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Dunga 2, o retorno.

Nessa terça foi confirmada a volta de Dunga ao comando técnico da seleção brasileira. Com essa volta, surgem diversos questionamentos perante a CBF e o seu método de escolha para o novo treinador da equipe. Fica claro que a escolha da CBF demonstra a total incapacidade dos dirigentes para gerirem o futebol nacional, já que aparentemente isso é o menos importante para Marin e Del Nero. O que vale é "tirar o nosso da reta".

A imprensa, torcida e todos que fazem parte meio do futebol (exceto seus cartolas) clamaram por mudanças estruturais no futebol nacional após a vergonha brasileira no mundial em casa. A resposta da CBF foi trazer um empresário de jogadores (até horas antes do anúncio ele ainda era empresário) para ser diretor geral das seleções. Gilmar Rinaldi não era o mais indicado para o cargo, mas quem se importa?

Dunga vem ser o treinador dessa bagunça conhecida como CBF. Não que Dunga seja um treinador ruim,  mas ele não é o melhor. E pra seleção, deveríamos contar com os melhores, não só os jogadores como os treinadores também. E Dunga não era a melhor opção no Brasil, onde pelo menos Tite e Muricy estão na sua frente. Mas a amizade com Gilmar pesou. Pra mim a primeira prova de falta de profissionalismo do ex-goleiro.

Fazendo um apanhado da passagem anterior de Dunga pela seleção, precisamos ser justos nos erros e acertos, nos bons momentos e nos maus momentos.

Dunga demorou um pouco para encaixar a equipe da forma que queria. Teve dificuldade na montagem do padrão tático e na sua primeira competição oficial contou com um Robinho inspirado e uma dose de sorte para trazer o título. Curiosamente a melhor partida do Brasil no torneio foi contra os argentinos na final, onde a equipe conseguiu jogar bem defensivamente e sair bem nos contra ataques. Apesar de ter classificado em primeiro nas eliminatórias, teve dificuldades contra Bolívia e Peru em casa, empatando contra os primeiros e vencendo suado os peruanos. Os melhores jogos do Brasil foram jogados diante de adversarios que sairam pra cima e deram espaços no contra ataque (Chile, Uruguai e Argentina, todos fora do Brasil).

A conquista da Copa das Confederações de 2009 mostrou um Brasil definido taticamente, mas que não tinha variações táticas, ficando exclusivamente dependente de 3 fatores: a individualidade de Kaká, os contra ataques e as bolas paradas. Tanto que no momento de dificuldade na fatídica eliminação contra a Holanda, o Brasil não conseguiu modificar seu modo de jogo que aquela altura já estava previsível para os adversários (Portugal havia empatado conosco na primeira fase).

Dunga precisará evoluir nessas questões, mas pela coletiva dada hoje ele aparentemente conseguiu enxergar alguns erros em sua primeira passagem. O relacionamento com a imprensa pode melhorar também, dependendo dos resultados. Mas que ele continue com a sua política de não privilegiar veículo A ou B.

Prefiro esperar os primeiros jogos para sentir o que Dunga pensa sobre como formar esse novo ciclo em busca de 2018.  E que ele possa trilhar o caminho de sucesso em busca da sexta estrela. Eu acredito ser possível.

Mas o futebol brasileiro ainda pede mudanças estruturais, que nenhum técnico de seleção pode modificar sozinho. Precisamos discutir o futebol brasileiro, não a só o nosso selecionado.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

#sddscopa

A Copa do Mundo no Brasil terminou. 64 partidas de futebol em 30 dias de muita bola rolando, emoções, sorrisos e lágrimas. Vivemos o sonho de sediar o maior evento esportivo do planeta, mas acabou. Ficam as lembranças das grandes partidas, dos golaços, das decepções, dos craques, enfim.

Como esse blogueiro adora dar os seus pitacos, resolvi listar os meus destaques desta Copa do Mundo.

SURPRESA: A grande surpresa deste mundial foi a Costa Rica. Com uma equipe modesta, os Ticos sairão ilesos do grupo da morte eliminando Inglaterra e Itália, chegando as quartas de finais do mundial e saindo invictos sendo eliminados nos pênaltis pela Holanda. Nomes como Navas, Campbell e Bryan Ruíz ficarão eternizados pelos amantes do futebol na história dos mundiais.

DECEPÇÃO: Algumas seleções gigantes desapontaram, mas a principal queda no mundial foi da campeã em 2010 e favorita ao título em 2014, a Espanha. Goleada sofrida contra a Holanda e a derrota para a boa equipe do Chile deixaram a fúria eliminada do torneio antes da última rodada. Uma Copa melancólica que a geração de Xavi e Iniesta jamais esquecerá.

CRAQUE: O melhor jogador deste mundial veste laranja. Arjen Robben foi o grande propulsor dos holandeses que chegaram a semifinal e quase alcançam sua quarta final de Copa. Robben com seus passes, dribles e gols, foi fundamental na campanha, sendo o destaque do time em todas as partidas. Uma pena que a FIFA não tenha enxergado o mesmo.

JOGADOR JOVEM (SUB 23): A FIFA dá um prêmio ao melhor jogador até 23 anos que disputou a Copa. Ninguém melhor do que o artilheiro do torneio para receber tal mérito. James Rodríguez assumiu a responsabilidade depois do corte de Falcão García e levou a Colômbia para a melhor campanha do país em mundiais. Perder para o Brasil nas quartas de finais foi uma despedida honrosa para James e sua equipe, que mostraram um belo futebol no torneio.

MELHOR PARTIDA: Talvez a categoria mais complicada de se eleger. Houveram muitos jogos legais, alguns históricos, mas pelo conjunto a minha escolha fica com Uruguai x Inglaterra. Duas equipes tradicionais fazendo quase que um mata mata no segundo jogo da Copa, a volta de Suarez que não jogou o primeiro jogo devido a lesão no joelho e decide a partida com dois gols, o primeiro gol de Rooney em Copa do Mundo, bolas na trave, o desmaio e a volta pro campo de Álvaro Pereira, enfim... Esse jogo foi um épico. Pra mim, o melhor da Copa.

GOLAÇO: Houveram alguns belos gols nesse mundial. Outra categoria de se escolher, mas depois de muito pensar, fico com o gol de James Rodríguez na vitória colombiana sobre o Uruguai no Maracanã pelas oitavas de finais. Passe na entrada da área, matada no peito e um chutaço sem deixar a bola cair. Genial. Obs: menção honrosa ao último gol da Copa. Götze encerrou com chave de ouro o mundial.

SELEÇÃO DA COPA: Neuer (Alemanha); Lahn (Alemanha), Hummels (Alemanha) Thiago Silva (Brasil) e Rojo (Argentina); Mascherano (Argentina), Schweinsteiger (Alemanha) e Kroos (Alemanha) e James Rodríguez (Colômbia); Robben (Holanda) e Müller (Alemanha).

TÉCNICO: José Luís Pinto, o colombiano que montou a Costa Rica com uma consciência tática invejável, fazendo com que a equipe atuasse no limite de sua capacidade.

E vocês, concordam? Discordam? Comentem!

domingo, 13 de julho de 2014

Diário da Copa: Uma final épica para uma Copa inesquecível.

Alemanha e Argentina. Duas potências futebolísticas duelando pelo sonho da Copa do Mundo. Após 63 partidas, o Maracanã e toda a sua magia recebiam novamente uma final de mundial. De um lado, toda garra e talento de uma equipe argentina que se superou no torneio, e confiava em Messi para decidir a partida. De outro lado, a Alemanha e seu futebol coletivo, com uma grande equipe e uma geração sedenta pelo título após duas decepções em semifinais nas Copas anteriores.

O jogo começou com as equipes se estudando e demonstrando suas propostas de jogo. Se a Alemanha manteve o seu padrão de manter a posse de bola e tentar chegar ao gol com jogadas trabalhadas. Já a Argentina congestionou o meio campo e tentou explorar os contragolpes com velocidade. E até os 30 minutos do primeiro tempo, a Argentina se deu melhor nesse xadrez tático. Messi em duas jogadas pela direita assustou e Higuaín perdeu um gol incrível frente a frente com Neuer, além de ter um gol corretamente anulado.

Mas uma contusão acabou dando a oportunidade para Joachin Löw modificar a equipe, trocando Kramer (que jogou no lugar de Khedira que sentiu a coxa no aquecimento) por Schürle, dando mais velocidade pelo lado esquerdo do campo. A Alemanha começou a criar mais oportunidades, com Romero trabalhando bem, até que no finalzinho do primeiro tempo, após escanteio batido por Kroos, Höwedes cabeceou a bola na trave. Primeiro tempo zerado no Maraca.

Na volta do intervalo, a Argentina voltou marcando pressão e tentando surpreender os alemães. Messi teve grande chance no início do segundo tempo, mas chutou pra fora. A partir daí a Argentina se recuou e a Alemanha cresceu. Romero fez mais uma boa defesa em chute de Schürle, Kroos perdeu oportunidade chutando pra fora, e Klose cabeceou fraco, antes de sair para a entrada de Götze, o herói da noite. Palacios ainda teve grande oportunidade, mas dominou mal e errou o lençol que tentou dar em Neuer.

A Argentina parecia estar cansada no final dos 90 minutos, e já haviam feito todas as alterações. A prorrogação começou e o cenário permanecia com domínio alemão e a tentativa argentina de decidir num contra ataque, que eram cada vez mais raros. Mas nada aconteceu. Veio o segundo tempo da prorrogação e com ele mais emoção. A Alemanha tocava bola e conseguia encontrar mais espaços, mas não conseguia finalizar. Aí apareceu a estrela de Götze.

Após grande jogada de Schürle pela esquerda, Götze recebe dentro da área, domina no peito e bate de perna esquerda sem deixar a bola cair. É o gol do título do melhor futebol da Copa, da equipe mais organizada, do jogo bem jogado. E foi um golaço.

A Argentina ficou no quase como em 90. Messi, considerado melhor da Copa pela FIFA, continua sem vencer uma Copa e com a sombra de Maradona. A semifinal desgastante contra a Holanda e a ausência de Ángel Dí Maria prejudicaram o desempenho da equipe de Sabella.

Já os agora tetracampeões, coroaram uma geração trabalhada desde 2006. A Alemanha vê em 2014 a premiação do investimento na base, do incentivo ao fortalecimento da Bundesliga, com a obrigatoriedade das equipes jogarem com um numero minimo de atletas revelados na sua base. Alguns podem achar que só isso não traz títulos, mas com certeza deixa o caminho pavimentado para a glória.

Parabéns Alemanha, e parabéns ao futebol bem jogado. O título ficou em boas mãos.

Agora é aguardar a Rússia e seu mundial em 2018. A Copa já deixou saudades...

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Diário da Copa: Volvió la ilusión

Vinte e quatro anos depois, a Argentina volta a disputar uma final de Copa do Mundo. O sonho continua de pé, e apenas um jogo separa a seleção albiceleste do tricampeonato mundial. Já a Holanda disse adeus ao sonho de deixar de ser a seleção do quase. Foi quase de novo.

O jogo em São Paulo foi ruim. Confesso que até me peguei cochilando em meio de um primeiro tempo de baixo nível técnico. Messi apagadíssimo, Robben pouco fez também. Segundo tempo a Holanda tentou tomar conta do jogo, os Argentinos retrucaram, mas nada de bom saiu. As duas equipe jogaram truncadas, temendo sofrer um gol fatal.

As equipes foram a prorrogação, o jogo melhorou um pouco, mas ainda não o suficiente para o nível das duas seleções. Novamente, a Holanda iniciou melhor, mas os argentinos rapidamente equilibraram as ações. Despois dos 7 minutos do segundo tempo da prorrogação, as equipes ficaram controlando o jogo para decidirem a vaga na final nos pênaltis.

Sem trocar o goleiro dessa vez, Van Gaal confiou em Cilessen na disputa. Entretanto, o goleiro herói dessa vez estava do lado contrário. O criticado (inclusive por mim) Romero pegou dois pênaltis holandeses e levou os argentinos para a final de domingo, no Maracanã. No Rio de Janeiro, nossos hermanos vão reeditar as finais da Copa de 86 e 90, a Alemanha. Promessa de jogo épico para finalizar uma belíssima Copa do Mundo.

Vamos acompanhar a final da Copa das Copas!

Diário da Copa: Vergonhoso

Talvez esse seja o texto mais complicado que eu tenha de produzir em mais de dois anos de indas e vindas do blog. Não pelo fator emocional, mas pela falta de pauta, do que dizer depois de um vexame brasileiro como o de hoje. A história ficará marcada para sempre no dia 08 de julho de 2014 como o dia em que o Brasil tomou uma goleada de 7x1 em casa numa semifinal de Copa do Mundo. Simplesmente surreal.

Partindo pro jogo, o Brasil foi escalado sem modificar o esquema de jogo, com Bernard no lugar de Neymar. O time começou tentando pressionar os alemães, e até certo ponto, jogando bem diante das suas limitações. Mas o primeiro gol de Thomas Müller abriu a porteira para uma goleada histórica. O Brasil ainda tentou reagir, mostrar força, porém o segundo gol de Klose foi um banho de água fria. O que veio a seguir não era um jogo de mundial, mas um passeio de uma equipe profissional contra um bando. Pelo menos foi o que o jogo mostrou ao final do primeiro tempo com os incríveis 5x0 para os alemães.

O Brasil não tinha resposta para nada disso, apesar de ter reforçado o meio no intervalo, mais dois gols fizeram a defesa brasileira tomar 7 numa partida atípica que escancarou todos os defeitos e escondeu todas as nossas virtudes.

Fica os parabéns aos alemães que fizeram um futebol genial e eficiente, chegando a mais uma final de Copa do Mundo. Já o Brasil, bem... Foi humilhado, pisado, amassado, ou qualquer outro adjetivo que o leitor deseje usar. Ainda assim, boa parte dessa geração dará frutos em 2018. O Brasil fez até mais do que podia, mas não deveria nem merecia sair do mundial de forma tão patética e humilhante.

Agora os competentíssimos alemães aguardam o confronto de amanhã entre Holanda e Argentina para saber quem eles enfrentam no final.

domingo, 6 de julho de 2014

Diário da Copa: Na Copa das surpresas, deu a lógica.

Chegamos as semifinais. E não vão ser quaisquer semifinais, serão clássicos mundiais entre sulamericanos e Europeus, decidindo quem irá para o Maracanã no domingo dia 13 disputar o título mundial. Depois de Brasil e Alemanha garantirem vaga nas semifinais, ontem foi a vez de Argentina e Holanda carimbarem suas vagas. Mas quem pensa que a lógica ocorreu de forma natural e tranquila não viu os jogos de ontem.

Em Brasília, uma Argentina que não chegava pra uma semifinal de mundial desde 1990 enfrentava a sensação Bélgica, que vinha de grande jogo diante dos Estados Unidos nas oitavas de finais. Todos os ingredientes para um grande jogo, que não aconteceu. Muitos passes errados, contra ataques desperdiçados e pouca emoção no primeiro tempo, exceto o gol de Higuaín logo no comecinho do jogo, que deu uma tranquilidade maior para os hermanos cadenciarem mais a partida, enquanto uma Bélgica passiva assistia o tempo passar. A perda de Dí Maria fez com que a Argentina perdesse em velocidade e dinamismo no meio de campo, e ele preocupa para a semifinal. No segundo tempo, a Bélgica tentou se lançar mais ao ataque, mas pagou o preço de se expor mais também, sofrendo bola na trave e com uma chance clara que Messi parou em Cortouis. Os últimos 10 minutos foram de chutões na tentativa de explorar a bola aérea na área portenha, mas não funcionou. Vinte e quatro anos depois, a Argentina chega a semifinal de um mundial.

Já a Holanda tinha em tese a tarefa mais fácil dentre as favoritas. A Costa Rica vinha de um jogo desgastante nas oitavas de finais diante da Grécia, e parecia ser presa fácil para o badalado ataque oranjie. Mas o que se viu na Fonte Nova foi uma batalha. Após um primeiro tempo morno, sem grandes emoções, o segundo tempo foi quente. Muito quente. A Holanda não queria passar pelo suplício da prorrogação e queria decidir a qualquer custo a classificação. Navas salvou os costarriquenhos diversas vezes, a trave também ajudou. Não teve jeito, prorrogação. A Holanda continuou oerdendo um caminhão de gols. E a Costa Rica se defendendo como podia, ainda arrumou dois contra ataques perigosos, onde quase produz a maior zebra de todas as Copas. Não deu. Numa atitude incomum, Van Gaal substituiu o goleiro Cilessen por Krul, por avaliar que o goleiro reserva estava em melhores condições para a disputa de pênaltis. Mesmo com o risco de perder a moral no grupo, Van Gaal se deu bem. A Holanda converteu todos os seus pênaltis e a Costa Rica perdeu duas penalidades que pararam nas mãos do goleiro holandês. Fim de jogo e Holanda nas semifinais, encarando a Argentina, que a mesma Holanda eliminou nas quartas de finais em 98.

A Copa do Mundo já está na sua reta final. E como quase sempre, a lógica na reta final do mundial prevaleceu. Quem vocês acreditam que vai levantar o caneco?

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Diário da Copa: Êxtase e decepção, lado a lado.

Que dia meus amigos! No primeiro dia de quartas de finais, uma mistura de emoções tomou conta dos estádios brasileiros. Dois grandes jogos foram disputados hoje, definindo a primeira semifinal do mundial do Brasil.

No primeiro jogo do dia, Alemanha e França fizeram o duelo que gerou mais expectativa para essa fase. Com boas campanhas, as duas equipes prometiam uma grande partida, com chances de talvez ser a melhor da Copa. Quando a bola rolou, a história não foi bem essa. Os alemães controlaram mais a bola, e a França tentava recuperar a bola rapidamente e chegar ao gol. Apesar de ameaçar a meta de Neuer, foi a Alemanha que saiu na frente com o gol de cabeça de Hummels. O gol deu moral a Alemanha que passou a controlar ainda mais o ritmo, enquanto a França parecia inoperante. No segundo tempo, os franceses tentaram colocar uma pressão inicial, onde a defesa e o goleiro Neuer seguraram bem esse ímpeto. Os alemães tiveram duas chances claras de matar o jogo no contra ataque, não fizeram. Quase que Benzema no final do jogo consegue empatar o cotejo e deixar mais um jogo na prorrogação. No final, alemães vitoriosos e classificados para a semifinal, franceses tristes e eliminados. Mas o Maraca merecia mais das duas equipes.

No segundo jogo do dia, Brasil e Colômbia fizeram mais um clássico sulamericano na Copa do Mundo, em Fortaleza. Os colombianos tinham James Rodrigues, que era o artilheiro da Copa. Já o Brasil depositava suas fichas em Neymar. Bola rolando e o Brasil pertiu para decidir. Marcando em cima no começo do jogo, o Brasil conseguiu achar o gol, após escanteio batido por Neymar e Thiago Silva desviou para as redes. Gol que tranquilizou a equipe brasileira, que controlou a posse de bola e não deu muita chance aos Cafeteros. Explorando muito o lado esquerdo com Hulk e Marcelo, o Brasil teve as melhores chances, e Ospina salvou os colombianos em 3 oportunidades. No segundo tempo, o jogo começou truncado. Mas um lance decidiu: após gol bem anulado da Colômbia, o Brasil foi ao ataque, Hulk arrumou uma falta para que David Luiz (o homem do jogo), acertou uma linda cobrança de falta de média distância e abriu 2x0 ao Brasil. Parecia que os brasileiros haviam garantido a passagem para as semi finais e enfrentar os alemães. Entretanto James Rodríguez ainda acreditava, e num passe genial para Bacca, Júlio César teve de cometer penalti, que foi convertido por James. A Colômbia segui presisionando e o Brasil tentando contra atacar. Num lance bobo, Neymar sofreu uma grande pancada de Zuñiga, que posteriormente foi comprovado que o atacante está fora da Copa. Frustração em massa para o Brasil. A equipe segurou a vitória e agora faz um duelo de 8 títulos mundiais, a Alemanha. Fica a dúvida agora para saber como Felipão irá montar a equipe brasileira sem seu principal astro e o capitão Thiago Silva. A Copa ficou bem mais difícil, mas ainda não acabou.

Mas é uma pena que o craque tenha de ficar de fora.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Diário da Copa: Copa do Mundo, dois dias sem você é demais!

Como sobreviver a dois dias sem Copa do Mundo? Esse é o desafio que o mundial nos propôs após a última rodada de oitavas de finais ocorrida hoje. E que encerramento! Jogos emocionanantes decididos em detalhes foram suficientes para satisfazer os torcedores mais ávidos por emoção e futebol.

Começando o dia, tivemos o confronto entre Argentina e Suíça. Entrando como favoritos, os argentinos começaram o duelo achando que iriam resolver a qualquer momento a peleja. Mas o que se viu foi uma Suíça bem postada na defesa e que tinha um contra ataque vigoroso, porém faltando habilidade para Drmicic finalizar as oportunidades. A Suíça segurou até onde deu, mas deu muito espaço para Messi criar. E numa dessas criações, o craque da camisa 10 albiceleste achou Dí Maria livre pra afastar qualquer possível zebra e abrir o marcador. A Suíça se lançou ao ataque, e quase alcançou o empate com uma incrível cabeçada na trave que voltou nos pés de Dzemaili e foi pra fora e uma falta nas proximidades da área que Shaqiri bateu em cima da barreira. No fim das contas, passou a equipe que mais buscou o gol.

Os argentinos agora encaram a Bélgica nas quartas de finais, buscando uma vaga nas semifinais e mantendo o sonho vivo do tricampeonato mundial.

Já os belgas tiveram parada dura contra os americanos. O jogo marcou a melhor apresentação da Bélgica na competição, mostrando o porque os diabos vermelhos foram considerados favoritos antes do mundial. O jogo foi bastante movimentado, com os americanos marcando bem e dando certo trabalho nos contra ataques. Mas foi a Bélgica que tomou conta das ações durante toda a partida, obrigando o goleiro Howard a praticar uma sequência sensacional de defesas, garantindo o empate sem gols no tempo normal. Na prorrogação, os americanos pareciam bem mais cansados, e os belgas aproveitaram. Logo aos dois minutos da prorrogação, De Bruyne abriu o marcador. Os americanos tentaram se lançar ao ataque, mas acabaram tomando o segundo gol de Lukaku num contra ataque mortal. Parecia o fim. Mas logo no início do segundo tempo, Green descontou e reacendeu a esperança americana, que apesar de imprimir uma certa pressão, não conseguiram o empate. Belgas classificados e completando a escrita de que todos os primeiros colocados de grupos passaram as quartas de finais, fato nunca antes ocorrido na história das Copas desde 1986 quando a fase de oitavas de finais começou a ser disputada no sistema de mata mata.

Agora, a Copa do Mundo volta na sexta feira, com Alemanha x França e Brasil x Colômbia. Tá bom pra vocês?

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Diário da Copa: Sem palavras para a despedida dos africanos.

O diário da Copa do Mundo hoje acompanhou a despedida dos dois últimos representantes africanos na competição. Argélia e Nigéria chegaram como azarões nas oitavas de finais, mas fizeram jogos espetaculares e tiveram grandes possibilidades de chocar o mundo hoje. Uma pena que tenha de ter havido uma despedida dessas equipes, mas assim é o mundial. Infelizmente a justiça no futebol é assunto proibido. No primeiro jogo do dia, França e Nigéria duelaram em Brasília por uma vaga nas quartas de finais. A França entrou em campo como franca favorita, mas teve muita dificuldade com a velocidade e marcação nigeriana no primeiro tempo. A Nigéria controlou mais a bola e poderia ter aberto o marcador na primeira etapa, mas faltou capricho nas finalizações. Já na segunda etapa, a contusão de Onazi e o cansaço começaram a pesar contra os nigerianos. Já os franceses, após a entrada de Griesman, cresceram e começaram a pressionar. Aí foi a vez de Eneyama produzir uma série de milagres, sendo o personagem da partida. Entretanto, vida de goleiro nunca é fácil. Num escanteio, o goleiro nigeriano saiu mal do gol, e espalmou a bola na cabeça de Pogba, que não perdoou. O gol animou a França, e a Nigéria parecia não ter mais forças para reagir. O gol de Griesman selou a passagem dos franceses as quartas de finais, e confirmou o fim do sonho do mundial aos bravos guerreiros nigerianos. Agora a França encara a Alemanha num clássico europeu por uma vaga na semifinal da Copa do Mundo. A Alemanha alcançou a classificação como todos previam. Mas a maneira de conseguir essa classificação foi totalmente inesperada, pois a Argélia valorizou demais a vitória alemã na prorrogação. O jogo iniciou com os alemães tocando mais a bola, mas sem conseguir penetrar a forte defesa argelina. Em contrapartida, os argelinos correram bastante e deram muito trabalho nos contra ataques, e poderiam ter aberto o placar não fosse o erro nas finalizações. Uma Alemanha assustada foi para o intervalo temendo pelo pior. Contudo, o segundo tempo os alemães viraram o jogo. Apesar de ainda sofrer um pouco com os contra ataques argelinos, os alemães encontraram mais espaços para jogar e criaram inúmeras oportunidades de gol. Como na partida anterior, foi aí que o goleiro do time africano apareceu. Com defesas espetaculares e milagrosas, o goleiro M'Bohli (cosplay do lutador Jon Jones, do UFC) foi o nome do jogo. Pegou tudo no segundo tempo e garantiu a exaurida Argélia na prorrogação. Mas no tempo extra, o cansaço prevaleceu. O gol de Schürlle no início do primeiro tempo da prorrogação foi um duro golpe aos argelinos, que não tiveram forças para reação. O segundo gol alemão, marcado por Özil, parecia ser o fim do sonho argelino. Mas logo em seguida Djabou descontou e a esperança de um milagre reacendeu, mas já era tarde. Os argelinos caíram de pé e sairam deste mundial extremamente orgulhosos de seu desempenho. Já os alemães foram lembrados que não existe jogo fácil nessa Copa do Mundo. Ainda mais quando o próximo adversário será a França.

domingo, 29 de junho de 2014

Diário da Copa: Surpresas também podem ser surpreendidas.

O segundo dia das oitavas de finais da Copa do Mundo foi eletrizante. Se os jogos não foram extremamente técnicos, foram repletos de emoções e reviravoltas. Mais um dia de futebol que justifica o título de "Copa das Copas" que está sendo dado pela imprensa.

Começando pelo começo, o dia foi aberto com a partida entre Holanda e México, que sofreram com o calor de Fortaleza. No primeiro tempo, os mexicanos conseguiram marcar bem e controlar as ações da partida, produzindo as melhores ocasiões. Os holandeses pareciam perdidos na marcação, e não conseguiam combater os ataques sofridos pelos flancos, que o México soube explorar muito bem. Apesar disso, o 0x0 prevaleceu. Mas no segundo tempo a história foi outra. Logo no começo, Giovanni dos Santos acertou um belo chute de fora da área e abriu o marcador para El Tri. Os Mexicanos continuaram atacando até que um fato (para mim) mudou a história do jogo: o treinador Miguel Ángel Herrera resolveu sacar o autor do gol para colocar mais um volante. A partir daí, a Holanda começou a massacrar a equipe mexicana no campo defensivo,  que resistia bravamente através das mãos milagrosas de Ochoa. Entretanto, aos 42 minutos nada pôde ser feito, e Snjeider marcou. O México sentiu o golpe e aos 45 do segundo tempo, pênalti de Rafa Marquez em Robben. Huntelaar bateu e marcou o gol da classificação holandesa, e enfrentam a Costa Rica em Salvador.

Costa Rica que é a grande história desse mundial. A equipe da américa central classificou em primeiro no grupo D e hoje é a única sobrevivente do grupo da morte. O desafio de hoje foi contra a surpreendente Grécia, que valorizou demais a classificação dos costarriquenhos. Após um primeiro tempo morno, com apenas uma chance pra Grécia, o segundo tempo foi mais movimentado. Após grande jogada, em uma bela troca de passes, Bryan Ruíz marcou o gol da Costa Rica. Logo em seguida, a equipe ficou com um a menos. E a Grécia foi pra cima, perdeu um caminhão de oportunidades. Mas aos 45 do segundo tempo, Sokratis conseguiu o empate. Parecia ser o presságio do fim para a equipe da américa central. Na prorrogação, os gregos foram melhores, e apesar de irem na base da raça, pressionaram até o final, com o goleiro Navas sendo destaque dos "ticos". Jogo decidido nos pênaltis, e Navas pegou a quinta cobrança grega, e os costarriquenhos confirmaram o passe para a histórica ida as quartas de finais do mundial, pela primeira vez em todas as participações de Copa do Mundo.

A Holanda que se cuide, porque eles querem continuar fazendo história!

sábado, 28 de junho de 2014

Diário da Copa: Até o limite da honra.

Depois de um dia de abandono, a Copa voltou neste sábado com o início das oitavas de finais. Dois jogos decisivos, onde a derrota signifcaria um adeus ao sonho do mundial. E os jogos foram dignos de oitavas de finais de uma Copa do Mundo, com muita emoção, gols, lances polêmicos, suor e lágrimas. As quatro equipes deixaram tudo que tinham em campo.

Pedindo licença aos leitores, começo pelo segundo jogo do dia. Após 64 anos, o Uruguai voltava a jogar no Maracanã por uma Copa do Mundo. A celeste iria enfrentar os colombianos, uma das sensações do torneio, e que vinham credenciados pelos 100% de aproveitamento na fase de grupos. Já o Uruguai vinha de uma classificação heróica diante da Inglaterra, mas perdeu Luís Suarez que foi suspenso pela FIFA por 9 jogos, fora o banimento do futebol por 4 meses e multa de 250 mil dólares. O que se viu no jogo foi um Uruguai perdido, que parecia não saber reagir a perda de seu astro, e uma Colômbia senhora do jogo, trabalhando muito bem a bola e dominando totalmente o meio campo. Foi jogando esse belo futebol que a Colômbia marcou no primeiro tempo um golaço de fora da área com James Rodríguez. Foi com esse mesmo futebol que os colombianos ampliaram na segunda etapa, de novo com James Rodríguez. Os uruguaios ficaram longe de uma reação, e foram eliminados tentando criar na base da vontade. Agora os colombianos farão sua estréia entre as oito melhores seleções do mundo diante do anfitrião Brasil.

Brasil que conquistou sua vaga na bacia das almas hoje diante do maior e melhor Chile de todos os tempos. Alguns veículos de imprensa consideraram injusta a eliminação chilena, entretanto lances polêmicos como um pênalti supostamente cometido sob Hulk e um gol (ao meu ver mal anulado) do atacante do Zenit poderiam ter dado a tranquilidade necessária que faltou ao Brasil durante a partida. O Brasil começou a partida pressionando e se impondo, e parecia que seria uma tarde de festa. O gol de David Luiz parecia ser o início da caminhada para uma vitória tranquila. Mas os chilenos não abaixaram a cabeça e continuaram lutando, e num vacilo incrível de Marcelo, Hulk e toda defesa brasileira, Alexis Sanchez marcou e mostrou que o dia iria ser diferente. No segundo tempo, o Chile dominou a partida, alugou o meio de campo e controlou o ritmo do jogo. O Brasil só chegava esporadicamente com lançamentos longos, e errava muitos passes, sem conseguir trabalhar a bola. Veio a prorrogação e o Brasil melhorou um pouco, com Hulk sendo o melhor no setor ofensivo brasileiro, com duas chances. No final da prorrogação, Pinilla acertou a trave e quase despachou a seleção canarinho. Nos pênaltis, o Brasil foi salvo pelo goleiro Júlio César que pegou duas cobranças, calando a boca dos críticos. Mas o Brasil também perdeu dois pênaltis, e ficou nos pés de Neymar o gol da vitória. O zagueiro Jara chutou na trave o pênalti do alívio. Brasil nas quartas de finais. Redenção mais do que justa para Júlio César, que foi muito sacaneado antes da Copa por diversos veículos da imprensa brasileira.

Contra a Colômbia, a dificuldade aumenta. Os cafeteros estão jogando muito e tem no meio de campo a sua principal virtude, justamente onde o Brasil vem apresentando os maiores problemas. Felipão precisa consertar o setor, melhorando a compactação da equipe e posicionando melhor o setor, senão a tarde será longa na próxima sexta-feira no Castelão.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Diário da Copa: Sonhos sonhados, terminados e alcançados.

Para alguns, dia de se despedir do último fio de esperança na classificação. Para outros, dia de se garantir na próxima fase. Assim foi a última rodada da fase de grupos da Copa do Mundo 2014, no Brasil. Com muita coisa em jogo, o que se viu em campo hoje foi muito mais disposição e entrega do que o futebol mais técnico e aguerrido.

Começando pelo grupo G, onde Alemanha e Estados Unidos protagonizaram o jogo mais chato da rodada. A vitória alemà por 1x0 classificou as duas equipes, que jogando debaixo de chuva em Recife não se esforçaram quase nada no primeiro tempo. O segundo período foi menos monótono, com os alemães forçando um pouco mais até acharem o gol de Müller, e os americanos tentando empatar no finalzinho. Apesar da derrota, os americanos garantiram seu passe as oitavas de finais da Copa do Mundo, assim como os alemães que ficaram com a liderança do grupo G.

Na outra partida do grupo, Gana e Portugal ainda aspiravam a classificação, mas a missão era complicada. Do lado africano, uma crise interna que resultou na expulsão de Muntari e Boateng do grupo claramente afetou o desempenho dos ganenses. Já do lado português, a infinidade de desfalques somado a combinação improvável de resultados desanimava. Ainda assim, os lusos foram pra cima desde o começo, com Cristiano Ronaldo tentando de todas as formas, mas sem muita inspiração. Tanto que o gol português no primeiro tempo foi contra. Já no segundo tempo, após perder algumas chances, veio o castigo: Gana empatou com Asamoah Gyan. Se virasse o jogo, os africanos poderiam atingir as oitavas, mas foi Portugal que continuou em cima e marcou com o CR7, que mal comemorou seu único gol nessa Copa. 2x1 Portugal e as duas equipes voltam pra casa. Decepção para Cristiano Ronaldo, que não pôde fazer nada para evitar o pior.

Já a definiçao do grupo H teve Bélgica e Coréia duelando em São Paulo. Os belgas já classificados, pouparam vários titulares. Já os coreanos precisavam vencer para poder sonhar com a fase eliminatória. O jogo entretanto, foi morno e com pouca qualidade. A Coréia bem que tentou, mas foi derrotada pelos belgas, que garantiram os 100% e primeiro lugar do grupo, e agora encaram os Estados Unidos nas oitava de finais. Já os corenos voltam pra casa de mão abanando.

No outro jogo, Argélia e Rússia duelaram para decidir a segunda vaga do grupo. Os africanos jogavam pelo empate, mas logo no início do primeiro tempo Kokorin colocou a Rússia na frente. Após isso, poucas chances para ambos os lados. Já no segundo tempo, a Argélia arriscou mais e foi premiada com a falha de Akinfeev, que saiu mal no cruzamento na área e não evitou o gol de Slimani, que colocou os argelinos pela primeira vez num mata mata de mundial. Destaque para a linda e emocionante festa da torcida argelina presente no estádio em Curitiba. As imagens dos torcedores da "raposa do deserto" foram de arrepiar. E Kokorin teve de ficar calado após pedir silêncio a torcida argelina ao marcar o gol inaugural da partida. Agora os argelinos podem gritar pro mundo todo que estão entre os melhores 16 do mundo e enfrentam a Alemanha pelas oitavas de finais.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Diário da Copa: Ah, a ousadia...

O título de hoje reflete bem o que me mais me chamou atenção nas partidas que acompanhei da Copa do Mundo nesse penúltimo dia da fase de grupos.

Primeiro, vamos a definição do grupo E, onde a Suíça dependia de uma vitória diante dos hondurenhos para se classificarem. Numa atuação de gala de Shaquiri, os suíços jogaram bem e cumpriram seu papel, vencendo a partida por 3x0 e conquistando a segunda vaga do grupo. Agora os suíços encaram os argentinos no dia 01 de julho pelas oitavas de finais da Copa do Mundo.

No outro jogo do grupo, França e Equador faziam um duelo interessante. Os franceses já classificados, queriam garantir o primeiro lugar do grupo e os equatorianos sonhavam com uma vitória para alcançar a sonhada passagem para as oitavas de finais. Num jogo onde os franceses pouparam vários titulares, os equatorianos não souberam aproveitar o desentrosamento dos rivais, e apesar dos franceses jogarem de modo franco, muitas vezes até se expondo desnecessariamente, o Equador não atingiu o objetivo e ficou no 0x0, sendo a única equipe sulamericana a dar adeus ao Brasil ainda na fase de grupos. Já os franceses se classificaram em primeiro do grupo, e pegam a Nigéria no dia 30 de junho por uma vaga nas quartas de finais.

Já a definição do grupo F começou a ser traçada no jogo entre Irã e Bósnia. Os bósnios já desclassificados foram pro gramado da Fonte Nova esperando se despedirem do mundial com vitória. Já os iranianos ainda sonhavam com uma vaga nas oitavas de finais, se vencessem a partida. Mas o que se viu foi um jogo de pouca qualidade técnica, onde sobressaiu a maior categoria da equipe européia, que com o placar de 3x1 conquistou sua primeira vitória em Copas do Mundo e saiu com um gosto de quero mais do Brasil. Já os iranianos foram eliminados como último do grupo. Morreram ambos abraçados.

No jogo da rodada, Argentina e Nigéria fizeram uma partida cheia de alternativas, com 5 gols. Logo nos primeiros três minutos, Messi abriu o marcador e em sequência Musa empatou para os Nigerianos. O jogo seguiu movimentado até que Messi mais uma vez foi decisivo no final do primeiro tempo, acertando uma cobrança de falta magistral. Mas logo no início do segundo tempo, os nigerianos empataram novamente com Musa, após bela tabela. A Argentina seguiu buscando a vitória e ela veio com um gol de cabeça de Rojo, após escanteio. A Nigéria ainda buscou o empate, mas os hermanos seguraram os 100% de aproveitamento na fase de grupos. Já a Nigéria garantiu a segunda vaga do grupo.

Mas quem venceu foi o futebol com esse grande jogo.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Diário da Copa: A bola dá e a bola tira. A Copa nos ensina isso...

A Copa do Mundo já tem definidos mais 4 classificados as oitavas de finais. Os grupos C e D definiram hoje seus classificados, com surpresas e decepções marcando o dia.

Começando pelo pior do dia, Costa Rica e Inglaterra fizeram um jogo chato, sem brilho. Os ingleses, já eliminados, entraram em campo com uma equipe quase toda reserva, e apesar de ter tido duas chances de gols, se despediram do mundial com apenas um ponto em 3 jogos. Já a Costa Rica saiu do grupo da morte como líder do grupo da morte (quem diria), e encara os gregos no duelo dos improváveis da Copa do Mundo.

A Grécia conseguiu a segunda colocação do Grupo C num jogo épico, com contornos de tragédia grega. Para os marfinenses. A Costa do Marfim precisava de um empate para se classificar, mas saiu perdendo no primeiro tempo. Os gregos, que já haviam feito duas alterações por causa de contusões, se seguravam como podiam, até que Bony igualou a peleja. Só que no final do jogo, após perder um contra ataque fácil, os marfinenses foram castigados. Um pênalti infantil em cima do atacante Samaras, aos 47 do segundo tempo foi o clímax. Samaras converteu a cobrança e deu a vitória e a classificação heróica a equipe da Grécia. Mais uma história desse mundial.

O outro jogo do grupo C foi entre Colômbia e Japão. Os japoneses ainda sonhavam com a classificação e os colombianos precisavam de apenas um empate para garantir o primeiro lugar do grupo. Num primeiro tempo morno, o pênalti para os colombianos colocou fogo no jogo. O Japão ainda empatou antes do intervalo, mas o segundo tempo foi um show de bola dos cafeteros, que marcaram mais 3 e selaram a goleada e a liderança do grupo C. Os colombianos agora encaram o Uruguai, que ficou em segundo lugar no grupo D.

O Uruguai fez o jogo do dia contra a Itália. O duelo das campeãs mundiais era decisivo, já que um deles sairia eliminado da Copa do Mundo. Não foi um jogo com qualidade técnica, muito menos grandes jogadas. Mas teve toda a emoção de um jogo de mundial carrega. A expulsão de Marchisio, a mordida de Súarez e o gol de Godín ficarão marcados para sempre nessa partida que teve contornos épicos. O Uruguai se classificou sendo Uruguai. A celeste está viva e avançará até onde a sua garra permitir.

Ah futebol, como eu te amo...

Diário da Copa: O craque resolve.

Iniciando a terceira rodada da fase de grupos do mundial, 4 jogos foram disputados nessa segunda feira. Quatro equipes se classificaram para as oitavas de final e 4 deram adeus ao mundial.

Em Curitiba, os já eliminados australianos e espanhóis se despediram da Copa do Mundo em um verdadeiro amistoso de luxo. Jogando de preto como quem estava de luto pelo vexame no mundial, a Espanha jogou bem e venceu por 3x0 os australianos. Foi a despedida de alguns jogadores como Villa e Xavi, e os espanhóis já pensam em renovação para a Eurocopa.

No outro jogo do grupo B, Chile e Holanda duelaram pelo primeiro lugar do grupo. Apesar de buscar mais o jogo, os chilenos não conseguiram ser eficientes no ataque e tiveram problemas com os contra ataques holandeses. No outro defeito grave do Chile, a bola aérea, a Holanda abriu o placar com Fer. Jogando nos contra ataques, os oranjies exploraram os espaços deixados pelos chilenos que se lançaram ao ataque e foram premiados com uma jogadaça de Robben e o gol de Depay. Com a vitória por 2x0 os holandeses ganharam o primeiro lugar do grupo e enfrentam o México nas oitavas de finais.

México que garantiu a classificação vencendo a Croácia por 3x1 em Recife. A equipe mexicana jogava por um empate e continuou seguindo a mesma estratégia que arrancou um empate contra o Brasil: reforço na defesa e explorando os contra ataques com velocidade. Os croatas não conseguiam transpor essa barreira, e o tempo passava sem que eles marcassem. No segundo tempo, o México fez 3 gols em sequência e matou o jogo. O gol de Perisic foi a despedida dos croatas do mundial. Segundo lugar do grupo A para os mexicanos.

Na outra partida do grupo A, Brasil enfrentava Camarões já eliminado precisando vencer para garantir o primeiro lugar do grupo. Mais do que isso, precisava convencer após a fraca atuação diante do México. A vitória veio, e de goleada! O 4x1 veio com uma bela atuação de Neymar, que marcou duas vezes, sendo decisivo novamente. Destaque também para o grande segundo tempo de Fernandinho, que iniciou a jogada do terceiro gol de Fred e marcou o quarto gol brasileiro. Com mais uma fraca atuação de Paulinho, Fernandinho pode ganhar a chance de ser titular no próximo jogo. O Brasil ainda pode melhorar, mas reanimou a torcida para a sequência do jogo. Na próxima partida, a seleção enfrenta o Chile e não tem mais direito de errar.

Mas com Neymar jogando o fino da bola, o craque sempre pode decidir a nosso favor...

domingo, 22 de junho de 2014

Diário da Copa: A espera de um milagre.

O final da segunda rodada da fase de grupos foi marcado por jogos carregados de dramaticidade, apresentada em diferentes formas nas três partidas disputadas hoje. Apesar de não ter havido nenhuma seleção eliminada hoje, as derrotadas (ainda que Portugal tenha empatado, foi quase uma derrota pra efeito de classificação) de hoje estão dependendo de combinações complexas para se classificarem.

A rodada nesse domingo iniciou-se com o duelo europeu entre Bélgica e Rússia. Um jogo morno e chato, que só pegou no tranco nos 15 minutos finais. Confesso que foi difícil me manter acordado no cotejo, mas segui firme e acompanhei os belgas acharem um gol  no finalzinho, fazendo alegria da torcida belga que foi em bom número ao Maracanã, incluindo a família Real belga. Com duas vitórias em dois jogos, a Bélgica garantiu a classificação, e joga pelo empate na última rodada pra assegurar o primeiro lugar do grupo. Já os russos precisam vencer para passar de fase.

No outro jogo do grupo H, os argelinos conseguiram quebrar o tabu de 32 anos sem vitórias em Copas do Mundo. E quebraram em grande estilo, marcando 4 gols sobre a inocente (e os zagueiros realmente não sabem de nada) defesa sul coreana. A Coréia ainda esboçou uma reação marcando por duas vezes, mas não conseguiu igualar a peleja. Agora, os coreanos precisam vencer a Bélgica pela maior margem possível e torcer por uma vitória magra da Rússia diante da Argélia, que vencendo se classifica independente de outros resultados, mas o empate ainda lhe dá vantagem devido ao saldo de gols.

No último jogo da fase de grupos disputado às 19hs, Portugal tentava a reabilitação e a sobrevivência no mundial diante da bem montada equipe dos Estados Unidos. Apesar de abrir o marcador logo de início, os portugueses não souberam controlar a vantagem, e contaram com a boa atuação de Beto para segurar a vantagem no primeiro tempo. No segundo tempo, os americanos voltaram com tudo e conseguiram uma bela virada. Um Cristiano Ronaldo claramente fora de condições físicas se arrastava em campo, e com ele as esperanças de Portugal iam se esvaindo. Até que aos 48 do segundo tempo, CR7 recebeu uma bola na ponta direita e fez uma assistência perfeita para a cabeçada de Varela.

O gol impediu a classificação dos Estados Unidos, que precisam de um empate contra a Alemanha para se garantirem nas oitavas de final; por outro lado, deixou os portugueses vivos, mas dependentes de um verdadeiro milagre contra Gana para atingir a classificação. Precisam ganhar de Gana de 4 gols de diferença e que os americanos percam para a Alemanha para conseguir a vaga. Com o futebol apresentado por Ronaldo e seus companheiros, é bastante improvàvel.

Mas sabe como é, futebol é uma caixinha de surpresas. E essa Copa do Mundo então...

sábado, 21 de junho de 2014

Diário da Copa: Futebol só acaba quando termina. E o dia hoje nos lembrou disso.

Muito se fala de foco, concentração e pegada no futebol. E quem nunca ouviu a frase "o jogo só acaba quando termina"? O décimo dia de Copa do Mundo nos fez o favor de refrescar a memória sobre essa máxima.

A primeira partida do dia foi disputada entre iranianos e argentinos. A albiceleste entrou em campo apoiada por quase 40 mil argentinos que invadiram o Mineirão e cantaram os 90 minutos para empurrar a equipe para vitória. Só que o jogo não foi tão fácil quanto se esperava e os argentinos mais uma vez ficaram devendo futebol. No segundo tempo, além de um pênalti claro (ao meu ver) ignorado pela arbitragem, o goleiro Romero vinha sendo o principal destaque dos hermanos com duas defesas incríveis que evitaram o gol iraniano, até que Messi resolveu a partida aos 46 minutos do segundo tempo com mais um gol de gênio. Injustiça ou não, isso é futebol.

Já as quatro da tarde, Alemanha e Gana fizeram um duelo interessante pelo grupo G. Os alemães vinham de goleada e se esperava outro passeio germânico no Castelão em Fortaleza. Após um primeiro tempo morno, o segundo tempo começou com um gol de Götze de joelho, mas logo em seguida Gana empatou o jogo com A. Ayew e virou com Gyan. Jogando muito bem, Gana desperdiçou dois contra ataques que poderiam definir a partida, e Klose entrou para empatar a partida e o recorde de Ronaldo em número de gols marcados em Copas do Mundo. Fim de jogo e o empate de 2x2 saiu barato pra Alemanha e péssimo para Gana.

Já no último jogo da noite, um erro mudou a história de Bósnia e Nigéria. O gol mal anulado de Dzeko foi seguido do gol nigeriano, que conseguiu segurar a pressão bósnia no resto do jogo e manteve o sonho dos africanos em classificarem para a próxima fase. No último lance do jogo, Dzeko teve a chance do empate, mas parou numa defesaça de Eneyama que manteve a vitória nigeriana.

É, o jogo só acaba quando termina mesmo...

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Diário da Copa: Nada é impossível numa Copa do Mundo.

O título do texto de hoje reflete bem o que foi o nono dia de mundial. Hoje o futebol desafiou a lógica, e o imponderável reinou em gramados brasileiros. Os três jogos da rodada trouxeram de alguma forma o tão doce fator de surpresa que nos faz acompanhar cada partida com atenção de quem assiste ao primeiro jogo.

Itália, tetra mundial. Costa Rica...er... Um lugar simpático. O jogo de hoje em Recife era um contraste de futebol. Antes do campeonato mundial, todos apostavam no país da américa central como o saco de pancadas do grupo da morte. E quem haveria de imaginar que com o gol de cabeça de Bryan Ruíz (confirmado pela tecnologia, bem vinda) a Costa Rica alcançaria sua segunda vitória e sairia classificada no grupo da morte? Bem, foi exatamente isso que aconteceu. Daqueles milagres que só a Copa produzem diante dos nossos olhos incrédulos.

Segundo jogo do dia. Suíça e França fariam um duelo equilibrado pela liderança do grupo, em tese. Na prática, foi um passeio francês. Mesmo com pênalti perdido e várias boas defesas do goleiro Benaglio, os franceses fizeram 5 gols, chocando todos que (como eu) confiavam no sistema defensivo suíço. Só que jogo em Salvador é garantia de gol, então os deuses do futebol providenciaram o espetáculo. A Suíça ainda descontou com dois gols, mas saiu claramente desmoralizada da partida. Vai precisar reunir forças para confirmar a classificação diante dos hondurenhos.

Hondurenhos que enfrentaram os equatorianos em Curitiba, ambos para se manterem vivos no sonho de passar de fase. Mais dois fatos incríveis pra esse jogo que foi fraco tecnicamente, mas ficará marcado principalmente pelo gol hondurenho que saiu depois de 32 anos sem marcar em Copas do Mundo. Apesar dessa quebra de jejum, os Hondurenhos tomaram a virada com dois gols de Ener Valencia, que se tornou artilheiro da Copa (sim, o Valencia genérico é artilheiro) ao lado de Thomas Müller, Robin Van Persie e Karim Benzema, todos com 3 tentos marcados. As duas equipes ainda tem chances, porém dificilmente devem chegar a fase de oitavas de final.

Amanhã é dia de Argentina às 13hs e Alemanha às 16hs. Que venha mais Copa, mas que ela demore pra acabar, porque ta bom demais!

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Diário da Copa: A história diante dos nossos olhos.

Me permitam iniciar o diário deste oitavo dia de Copa do Mundo pelo final. Japão x Grécia fizeram o terceiro jogo sem gols no mundial, apesar de boas chances de gols para o Japão, e algumas oportunidades gregas. O empate foi mais amargo para os nipônicos que jogaram com um a mais durante todo o segundo tempo. Já os gregos ainda sonham com uma classificação improvável caso consigam derrotar a Costa do Marfim na próxima rodada.

No outro jogo do grupo  C, uma bela partida entre Colômbia e Costa do Marfim, que lideravam a chave. Apresentando um futebol mais insinuante e com menos erros individuais, os colombianos foram agraciados com dois gols. Nem o golaço de Gervinho foi capaz de tirar a classificação colombiana as oitavas de final, fazendo a felicidade da massa colombiana que invadiu Brasília para apoiar os "cafeteros".

Mas o diário de hoje tem como ápice o jogo que era o mais esperado do dia, e que cumpriu cada segundo de expectativas. Uruguai e Inglaterra protagonizaram uma batalha digna da história das Copas do Mundo, e garantindo para este jogo um capítulo especial dentro dessa longa história de partidas inesquecíveis em mundiais.

Todos os componentes inerentes a paixão que o futebol acende estavam lá: o craque no sacrifício, a garra, o desespero de não ser eliminado e duas equipes importantíssimas, campeãs do mundo. O jogo foi pegado, com disputas por cada palmo de gramado e teve como grande personagem Luís Súarez, que com seus dois gols levou os uruguaios a vitória e os ingleses a uma virtual eliminação.

Aos ingleses restaram os lamentos de duas partidas onde a equipe apresentou um bom futebol mas perdeu nos detalhes. A jovem equipe da rainha terá que juntar os cacos e continuar seu processo de renovação. Aos uruguaios, restou a raça... E que raça! Álvaro Pereira semi desmaiado brigando com o médico para não ser substituído mostrou que os uruguaios entraram em campo hoje para deixar a alma dentro dos 90 minutos. E foram recompensados graças a genialidade de "Chino" Súarez e seus gols emocionantes e decisivos.

E o fantasma uruguaio segue vivo em busca do tri mundial...

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Diário da Copa: Decepção e euforia deram o tom do dia.

7 dias de mundial. Uma semana de gols, suor e lágrimas. Hoje sairam os primeiros desclassificados da Copa do Mundo, e dentre eles está a atual campeã mundial, a Espanha.

O primeiro jogo dia trouxe o desafio entre Austrália  e Holanda foi extremamente emocionante. Apesar das expectativas de goleada holandesa, a Austrália deu calor e jogou muito bem. Apesar disso, a camisa holandesa prevaleceu, e apesar de não ter feito uma grande partida, os holandeses venceram por 3x2 e conseguiram a classificação às oitavas de final.

A Holanda se classificou depois do segundo jogo da rodada, que marcou a queda da atual campeã mundial. No Maraca, a Espanha caiu diante de um Chile surpreendentemente bem na defesa, e que soube explorar a deficiência espanhola. Fica a vergonha da campeã mundial ser eliminada na primeira fase e o fim de uma geração vencedora.

No último jogo, Croácia e Camarões fizeram o complemento da rodada do grupo A, fazendo duelo de vida ou morte para se manterem vivos na competição. A goleada de 4x0 da Croácia manteve vivo os europeus e eliminou os camaroneses da copa, que enfrentam o Brasil sem maiores ambições. Já a equipe croata joga sua classificação diante do México na próxima segunda feira.

A magia do futebol continua presente no mundial 2014.