terça-feira, 22 de julho de 2014

Dunga 2, o retorno.

Nessa terça foi confirmada a volta de Dunga ao comando técnico da seleção brasileira. Com essa volta, surgem diversos questionamentos perante a CBF e o seu método de escolha para o novo treinador da equipe. Fica claro que a escolha da CBF demonstra a total incapacidade dos dirigentes para gerirem o futebol nacional, já que aparentemente isso é o menos importante para Marin e Del Nero. O que vale é "tirar o nosso da reta".

A imprensa, torcida e todos que fazem parte meio do futebol (exceto seus cartolas) clamaram por mudanças estruturais no futebol nacional após a vergonha brasileira no mundial em casa. A resposta da CBF foi trazer um empresário de jogadores (até horas antes do anúncio ele ainda era empresário) para ser diretor geral das seleções. Gilmar Rinaldi não era o mais indicado para o cargo, mas quem se importa?

Dunga vem ser o treinador dessa bagunça conhecida como CBF. Não que Dunga seja um treinador ruim,  mas ele não é o melhor. E pra seleção, deveríamos contar com os melhores, não só os jogadores como os treinadores também. E Dunga não era a melhor opção no Brasil, onde pelo menos Tite e Muricy estão na sua frente. Mas a amizade com Gilmar pesou. Pra mim a primeira prova de falta de profissionalismo do ex-goleiro.

Fazendo um apanhado da passagem anterior de Dunga pela seleção, precisamos ser justos nos erros e acertos, nos bons momentos e nos maus momentos.

Dunga demorou um pouco para encaixar a equipe da forma que queria. Teve dificuldade na montagem do padrão tático e na sua primeira competição oficial contou com um Robinho inspirado e uma dose de sorte para trazer o título. Curiosamente a melhor partida do Brasil no torneio foi contra os argentinos na final, onde a equipe conseguiu jogar bem defensivamente e sair bem nos contra ataques. Apesar de ter classificado em primeiro nas eliminatórias, teve dificuldades contra Bolívia e Peru em casa, empatando contra os primeiros e vencendo suado os peruanos. Os melhores jogos do Brasil foram jogados diante de adversarios que sairam pra cima e deram espaços no contra ataque (Chile, Uruguai e Argentina, todos fora do Brasil).

A conquista da Copa das Confederações de 2009 mostrou um Brasil definido taticamente, mas que não tinha variações táticas, ficando exclusivamente dependente de 3 fatores: a individualidade de Kaká, os contra ataques e as bolas paradas. Tanto que no momento de dificuldade na fatídica eliminação contra a Holanda, o Brasil não conseguiu modificar seu modo de jogo que aquela altura já estava previsível para os adversários (Portugal havia empatado conosco na primeira fase).

Dunga precisará evoluir nessas questões, mas pela coletiva dada hoje ele aparentemente conseguiu enxergar alguns erros em sua primeira passagem. O relacionamento com a imprensa pode melhorar também, dependendo dos resultados. Mas que ele continue com a sua política de não privilegiar veículo A ou B.

Prefiro esperar os primeiros jogos para sentir o que Dunga pensa sobre como formar esse novo ciclo em busca de 2018.  E que ele possa trilhar o caminho de sucesso em busca da sexta estrela. Eu acredito ser possível.

Mas o futebol brasileiro ainda pede mudanças estruturais, que nenhum técnico de seleção pode modificar sozinho. Precisamos discutir o futebol brasileiro, não a só o nosso selecionado.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

#sddscopa

A Copa do Mundo no Brasil terminou. 64 partidas de futebol em 30 dias de muita bola rolando, emoções, sorrisos e lágrimas. Vivemos o sonho de sediar o maior evento esportivo do planeta, mas acabou. Ficam as lembranças das grandes partidas, dos golaços, das decepções, dos craques, enfim.

Como esse blogueiro adora dar os seus pitacos, resolvi listar os meus destaques desta Copa do Mundo.

SURPRESA: A grande surpresa deste mundial foi a Costa Rica. Com uma equipe modesta, os Ticos sairão ilesos do grupo da morte eliminando Inglaterra e Itália, chegando as quartas de finais do mundial e saindo invictos sendo eliminados nos pênaltis pela Holanda. Nomes como Navas, Campbell e Bryan Ruíz ficarão eternizados pelos amantes do futebol na história dos mundiais.

DECEPÇÃO: Algumas seleções gigantes desapontaram, mas a principal queda no mundial foi da campeã em 2010 e favorita ao título em 2014, a Espanha. Goleada sofrida contra a Holanda e a derrota para a boa equipe do Chile deixaram a fúria eliminada do torneio antes da última rodada. Uma Copa melancólica que a geração de Xavi e Iniesta jamais esquecerá.

CRAQUE: O melhor jogador deste mundial veste laranja. Arjen Robben foi o grande propulsor dos holandeses que chegaram a semifinal e quase alcançam sua quarta final de Copa. Robben com seus passes, dribles e gols, foi fundamental na campanha, sendo o destaque do time em todas as partidas. Uma pena que a FIFA não tenha enxergado o mesmo.

JOGADOR JOVEM (SUB 23): A FIFA dá um prêmio ao melhor jogador até 23 anos que disputou a Copa. Ninguém melhor do que o artilheiro do torneio para receber tal mérito. James Rodríguez assumiu a responsabilidade depois do corte de Falcão García e levou a Colômbia para a melhor campanha do país em mundiais. Perder para o Brasil nas quartas de finais foi uma despedida honrosa para James e sua equipe, que mostraram um belo futebol no torneio.

MELHOR PARTIDA: Talvez a categoria mais complicada de se eleger. Houveram muitos jogos legais, alguns históricos, mas pelo conjunto a minha escolha fica com Uruguai x Inglaterra. Duas equipes tradicionais fazendo quase que um mata mata no segundo jogo da Copa, a volta de Suarez que não jogou o primeiro jogo devido a lesão no joelho e decide a partida com dois gols, o primeiro gol de Rooney em Copa do Mundo, bolas na trave, o desmaio e a volta pro campo de Álvaro Pereira, enfim... Esse jogo foi um épico. Pra mim, o melhor da Copa.

GOLAÇO: Houveram alguns belos gols nesse mundial. Outra categoria de se escolher, mas depois de muito pensar, fico com o gol de James Rodríguez na vitória colombiana sobre o Uruguai no Maracanã pelas oitavas de finais. Passe na entrada da área, matada no peito e um chutaço sem deixar a bola cair. Genial. Obs: menção honrosa ao último gol da Copa. Götze encerrou com chave de ouro o mundial.

SELEÇÃO DA COPA: Neuer (Alemanha); Lahn (Alemanha), Hummels (Alemanha) Thiago Silva (Brasil) e Rojo (Argentina); Mascherano (Argentina), Schweinsteiger (Alemanha) e Kroos (Alemanha) e James Rodríguez (Colômbia); Robben (Holanda) e Müller (Alemanha).

TÉCNICO: José Luís Pinto, o colombiano que montou a Costa Rica com uma consciência tática invejável, fazendo com que a equipe atuasse no limite de sua capacidade.

E vocês, concordam? Discordam? Comentem!

domingo, 13 de julho de 2014

Diário da Copa: Uma final épica para uma Copa inesquecível.

Alemanha e Argentina. Duas potências futebolísticas duelando pelo sonho da Copa do Mundo. Após 63 partidas, o Maracanã e toda a sua magia recebiam novamente uma final de mundial. De um lado, toda garra e talento de uma equipe argentina que se superou no torneio, e confiava em Messi para decidir a partida. De outro lado, a Alemanha e seu futebol coletivo, com uma grande equipe e uma geração sedenta pelo título após duas decepções em semifinais nas Copas anteriores.

O jogo começou com as equipes se estudando e demonstrando suas propostas de jogo. Se a Alemanha manteve o seu padrão de manter a posse de bola e tentar chegar ao gol com jogadas trabalhadas. Já a Argentina congestionou o meio campo e tentou explorar os contragolpes com velocidade. E até os 30 minutos do primeiro tempo, a Argentina se deu melhor nesse xadrez tático. Messi em duas jogadas pela direita assustou e Higuaín perdeu um gol incrível frente a frente com Neuer, além de ter um gol corretamente anulado.

Mas uma contusão acabou dando a oportunidade para Joachin Löw modificar a equipe, trocando Kramer (que jogou no lugar de Khedira que sentiu a coxa no aquecimento) por Schürle, dando mais velocidade pelo lado esquerdo do campo. A Alemanha começou a criar mais oportunidades, com Romero trabalhando bem, até que no finalzinho do primeiro tempo, após escanteio batido por Kroos, Höwedes cabeceou a bola na trave. Primeiro tempo zerado no Maraca.

Na volta do intervalo, a Argentina voltou marcando pressão e tentando surpreender os alemães. Messi teve grande chance no início do segundo tempo, mas chutou pra fora. A partir daí a Argentina se recuou e a Alemanha cresceu. Romero fez mais uma boa defesa em chute de Schürle, Kroos perdeu oportunidade chutando pra fora, e Klose cabeceou fraco, antes de sair para a entrada de Götze, o herói da noite. Palacios ainda teve grande oportunidade, mas dominou mal e errou o lençol que tentou dar em Neuer.

A Argentina parecia estar cansada no final dos 90 minutos, e já haviam feito todas as alterações. A prorrogação começou e o cenário permanecia com domínio alemão e a tentativa argentina de decidir num contra ataque, que eram cada vez mais raros. Mas nada aconteceu. Veio o segundo tempo da prorrogação e com ele mais emoção. A Alemanha tocava bola e conseguia encontrar mais espaços, mas não conseguia finalizar. Aí apareceu a estrela de Götze.

Após grande jogada de Schürle pela esquerda, Götze recebe dentro da área, domina no peito e bate de perna esquerda sem deixar a bola cair. É o gol do título do melhor futebol da Copa, da equipe mais organizada, do jogo bem jogado. E foi um golaço.

A Argentina ficou no quase como em 90. Messi, considerado melhor da Copa pela FIFA, continua sem vencer uma Copa e com a sombra de Maradona. A semifinal desgastante contra a Holanda e a ausência de Ángel Dí Maria prejudicaram o desempenho da equipe de Sabella.

Já os agora tetracampeões, coroaram uma geração trabalhada desde 2006. A Alemanha vê em 2014 a premiação do investimento na base, do incentivo ao fortalecimento da Bundesliga, com a obrigatoriedade das equipes jogarem com um numero minimo de atletas revelados na sua base. Alguns podem achar que só isso não traz títulos, mas com certeza deixa o caminho pavimentado para a glória.

Parabéns Alemanha, e parabéns ao futebol bem jogado. O título ficou em boas mãos.

Agora é aguardar a Rússia e seu mundial em 2018. A Copa já deixou saudades...

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Diário da Copa: Volvió la ilusión

Vinte e quatro anos depois, a Argentina volta a disputar uma final de Copa do Mundo. O sonho continua de pé, e apenas um jogo separa a seleção albiceleste do tricampeonato mundial. Já a Holanda disse adeus ao sonho de deixar de ser a seleção do quase. Foi quase de novo.

O jogo em São Paulo foi ruim. Confesso que até me peguei cochilando em meio de um primeiro tempo de baixo nível técnico. Messi apagadíssimo, Robben pouco fez também. Segundo tempo a Holanda tentou tomar conta do jogo, os Argentinos retrucaram, mas nada de bom saiu. As duas equipe jogaram truncadas, temendo sofrer um gol fatal.

As equipes foram a prorrogação, o jogo melhorou um pouco, mas ainda não o suficiente para o nível das duas seleções. Novamente, a Holanda iniciou melhor, mas os argentinos rapidamente equilibraram as ações. Despois dos 7 minutos do segundo tempo da prorrogação, as equipes ficaram controlando o jogo para decidirem a vaga na final nos pênaltis.

Sem trocar o goleiro dessa vez, Van Gaal confiou em Cilessen na disputa. Entretanto, o goleiro herói dessa vez estava do lado contrário. O criticado (inclusive por mim) Romero pegou dois pênaltis holandeses e levou os argentinos para a final de domingo, no Maracanã. No Rio de Janeiro, nossos hermanos vão reeditar as finais da Copa de 86 e 90, a Alemanha. Promessa de jogo épico para finalizar uma belíssima Copa do Mundo.

Vamos acompanhar a final da Copa das Copas!

Diário da Copa: Vergonhoso

Talvez esse seja o texto mais complicado que eu tenha de produzir em mais de dois anos de indas e vindas do blog. Não pelo fator emocional, mas pela falta de pauta, do que dizer depois de um vexame brasileiro como o de hoje. A história ficará marcada para sempre no dia 08 de julho de 2014 como o dia em que o Brasil tomou uma goleada de 7x1 em casa numa semifinal de Copa do Mundo. Simplesmente surreal.

Partindo pro jogo, o Brasil foi escalado sem modificar o esquema de jogo, com Bernard no lugar de Neymar. O time começou tentando pressionar os alemães, e até certo ponto, jogando bem diante das suas limitações. Mas o primeiro gol de Thomas Müller abriu a porteira para uma goleada histórica. O Brasil ainda tentou reagir, mostrar força, porém o segundo gol de Klose foi um banho de água fria. O que veio a seguir não era um jogo de mundial, mas um passeio de uma equipe profissional contra um bando. Pelo menos foi o que o jogo mostrou ao final do primeiro tempo com os incríveis 5x0 para os alemães.

O Brasil não tinha resposta para nada disso, apesar de ter reforçado o meio no intervalo, mais dois gols fizeram a defesa brasileira tomar 7 numa partida atípica que escancarou todos os defeitos e escondeu todas as nossas virtudes.

Fica os parabéns aos alemães que fizeram um futebol genial e eficiente, chegando a mais uma final de Copa do Mundo. Já o Brasil, bem... Foi humilhado, pisado, amassado, ou qualquer outro adjetivo que o leitor deseje usar. Ainda assim, boa parte dessa geração dará frutos em 2018. O Brasil fez até mais do que podia, mas não deveria nem merecia sair do mundial de forma tão patética e humilhante.

Agora os competentíssimos alemães aguardam o confronto de amanhã entre Holanda e Argentina para saber quem eles enfrentam no final.

domingo, 6 de julho de 2014

Diário da Copa: Na Copa das surpresas, deu a lógica.

Chegamos as semifinais. E não vão ser quaisquer semifinais, serão clássicos mundiais entre sulamericanos e Europeus, decidindo quem irá para o Maracanã no domingo dia 13 disputar o título mundial. Depois de Brasil e Alemanha garantirem vaga nas semifinais, ontem foi a vez de Argentina e Holanda carimbarem suas vagas. Mas quem pensa que a lógica ocorreu de forma natural e tranquila não viu os jogos de ontem.

Em Brasília, uma Argentina que não chegava pra uma semifinal de mundial desde 1990 enfrentava a sensação Bélgica, que vinha de grande jogo diante dos Estados Unidos nas oitavas de finais. Todos os ingredientes para um grande jogo, que não aconteceu. Muitos passes errados, contra ataques desperdiçados e pouca emoção no primeiro tempo, exceto o gol de Higuaín logo no comecinho do jogo, que deu uma tranquilidade maior para os hermanos cadenciarem mais a partida, enquanto uma Bélgica passiva assistia o tempo passar. A perda de Dí Maria fez com que a Argentina perdesse em velocidade e dinamismo no meio de campo, e ele preocupa para a semifinal. No segundo tempo, a Bélgica tentou se lançar mais ao ataque, mas pagou o preço de se expor mais também, sofrendo bola na trave e com uma chance clara que Messi parou em Cortouis. Os últimos 10 minutos foram de chutões na tentativa de explorar a bola aérea na área portenha, mas não funcionou. Vinte e quatro anos depois, a Argentina chega a semifinal de um mundial.

Já a Holanda tinha em tese a tarefa mais fácil dentre as favoritas. A Costa Rica vinha de um jogo desgastante nas oitavas de finais diante da Grécia, e parecia ser presa fácil para o badalado ataque oranjie. Mas o que se viu na Fonte Nova foi uma batalha. Após um primeiro tempo morno, sem grandes emoções, o segundo tempo foi quente. Muito quente. A Holanda não queria passar pelo suplício da prorrogação e queria decidir a qualquer custo a classificação. Navas salvou os costarriquenhos diversas vezes, a trave também ajudou. Não teve jeito, prorrogação. A Holanda continuou oerdendo um caminhão de gols. E a Costa Rica se defendendo como podia, ainda arrumou dois contra ataques perigosos, onde quase produz a maior zebra de todas as Copas. Não deu. Numa atitude incomum, Van Gaal substituiu o goleiro Cilessen por Krul, por avaliar que o goleiro reserva estava em melhores condições para a disputa de pênaltis. Mesmo com o risco de perder a moral no grupo, Van Gaal se deu bem. A Holanda converteu todos os seus pênaltis e a Costa Rica perdeu duas penalidades que pararam nas mãos do goleiro holandês. Fim de jogo e Holanda nas semifinais, encarando a Argentina, que a mesma Holanda eliminou nas quartas de finais em 98.

A Copa do Mundo já está na sua reta final. E como quase sempre, a lógica na reta final do mundial prevaleceu. Quem vocês acreditam que vai levantar o caneco?

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Diário da Copa: Êxtase e decepção, lado a lado.

Que dia meus amigos! No primeiro dia de quartas de finais, uma mistura de emoções tomou conta dos estádios brasileiros. Dois grandes jogos foram disputados hoje, definindo a primeira semifinal do mundial do Brasil.

No primeiro jogo do dia, Alemanha e França fizeram o duelo que gerou mais expectativa para essa fase. Com boas campanhas, as duas equipes prometiam uma grande partida, com chances de talvez ser a melhor da Copa. Quando a bola rolou, a história não foi bem essa. Os alemães controlaram mais a bola, e a França tentava recuperar a bola rapidamente e chegar ao gol. Apesar de ameaçar a meta de Neuer, foi a Alemanha que saiu na frente com o gol de cabeça de Hummels. O gol deu moral a Alemanha que passou a controlar ainda mais o ritmo, enquanto a França parecia inoperante. No segundo tempo, os franceses tentaram colocar uma pressão inicial, onde a defesa e o goleiro Neuer seguraram bem esse ímpeto. Os alemães tiveram duas chances claras de matar o jogo no contra ataque, não fizeram. Quase que Benzema no final do jogo consegue empatar o cotejo e deixar mais um jogo na prorrogação. No final, alemães vitoriosos e classificados para a semifinal, franceses tristes e eliminados. Mas o Maraca merecia mais das duas equipes.

No segundo jogo do dia, Brasil e Colômbia fizeram mais um clássico sulamericano na Copa do Mundo, em Fortaleza. Os colombianos tinham James Rodrigues, que era o artilheiro da Copa. Já o Brasil depositava suas fichas em Neymar. Bola rolando e o Brasil pertiu para decidir. Marcando em cima no começo do jogo, o Brasil conseguiu achar o gol, após escanteio batido por Neymar e Thiago Silva desviou para as redes. Gol que tranquilizou a equipe brasileira, que controlou a posse de bola e não deu muita chance aos Cafeteros. Explorando muito o lado esquerdo com Hulk e Marcelo, o Brasil teve as melhores chances, e Ospina salvou os colombianos em 3 oportunidades. No segundo tempo, o jogo começou truncado. Mas um lance decidiu: após gol bem anulado da Colômbia, o Brasil foi ao ataque, Hulk arrumou uma falta para que David Luiz (o homem do jogo), acertou uma linda cobrança de falta de média distância e abriu 2x0 ao Brasil. Parecia que os brasileiros haviam garantido a passagem para as semi finais e enfrentar os alemães. Entretanto James Rodríguez ainda acreditava, e num passe genial para Bacca, Júlio César teve de cometer penalti, que foi convertido por James. A Colômbia segui presisionando e o Brasil tentando contra atacar. Num lance bobo, Neymar sofreu uma grande pancada de Zuñiga, que posteriormente foi comprovado que o atacante está fora da Copa. Frustração em massa para o Brasil. A equipe segurou a vitória e agora faz um duelo de 8 títulos mundiais, a Alemanha. Fica a dúvida agora para saber como Felipão irá montar a equipe brasileira sem seu principal astro e o capitão Thiago Silva. A Copa ficou bem mais difícil, mas ainda não acabou.

Mas é uma pena que o craque tenha de ficar de fora.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Diário da Copa: Copa do Mundo, dois dias sem você é demais!

Como sobreviver a dois dias sem Copa do Mundo? Esse é o desafio que o mundial nos propôs após a última rodada de oitavas de finais ocorrida hoje. E que encerramento! Jogos emocionanantes decididos em detalhes foram suficientes para satisfazer os torcedores mais ávidos por emoção e futebol.

Começando o dia, tivemos o confronto entre Argentina e Suíça. Entrando como favoritos, os argentinos começaram o duelo achando que iriam resolver a qualquer momento a peleja. Mas o que se viu foi uma Suíça bem postada na defesa e que tinha um contra ataque vigoroso, porém faltando habilidade para Drmicic finalizar as oportunidades. A Suíça segurou até onde deu, mas deu muito espaço para Messi criar. E numa dessas criações, o craque da camisa 10 albiceleste achou Dí Maria livre pra afastar qualquer possível zebra e abrir o marcador. A Suíça se lançou ao ataque, e quase alcançou o empate com uma incrível cabeçada na trave que voltou nos pés de Dzemaili e foi pra fora e uma falta nas proximidades da área que Shaqiri bateu em cima da barreira. No fim das contas, passou a equipe que mais buscou o gol.

Os argentinos agora encaram a Bélgica nas quartas de finais, buscando uma vaga nas semifinais e mantendo o sonho vivo do tricampeonato mundial.

Já os belgas tiveram parada dura contra os americanos. O jogo marcou a melhor apresentação da Bélgica na competição, mostrando o porque os diabos vermelhos foram considerados favoritos antes do mundial. O jogo foi bastante movimentado, com os americanos marcando bem e dando certo trabalho nos contra ataques. Mas foi a Bélgica que tomou conta das ações durante toda a partida, obrigando o goleiro Howard a praticar uma sequência sensacional de defesas, garantindo o empate sem gols no tempo normal. Na prorrogação, os americanos pareciam bem mais cansados, e os belgas aproveitaram. Logo aos dois minutos da prorrogação, De Bruyne abriu o marcador. Os americanos tentaram se lançar ao ataque, mas acabaram tomando o segundo gol de Lukaku num contra ataque mortal. Parecia o fim. Mas logo no início do segundo tempo, Green descontou e reacendeu a esperança americana, que apesar de imprimir uma certa pressão, não conseguiram o empate. Belgas classificados e completando a escrita de que todos os primeiros colocados de grupos passaram as quartas de finais, fato nunca antes ocorrido na história das Copas desde 1986 quando a fase de oitavas de finais começou a ser disputada no sistema de mata mata.

Agora, a Copa do Mundo volta na sexta feira, com Alemanha x França e Brasil x Colômbia. Tá bom pra vocês?