quarta-feira, 30 de maio de 2012

Ronaldinho, pare de se (e também nos) enganar!

Ronaldinho Gaúcho aprontou mais uma hoje. Esperado para viagem ao Piauí, onde o Flamengo faz amistoso contra a seleção do Estado do Piauí, o meia simplesmente não compareceu e nem deu explicações. O diretor de futebol Zinho reclamou da ausência do gaúcho e reafirmou que ele não havia sido liberado da viagem, e que tentou contato o dia todo mas não conseguiu falar com o jogador.

Entendo que não deve ser fácil o que o atleta vem passando com a cirurgia da mãe. Ninguém veio a público esclarecer exatamente o estado dela, mas não parece ser algo simples. A atuação patética do último fim de semana pode ser justificada (em parte) por esse drama vivido. Ainda assim sejamos realistas: Ronaldinho vem jogando mal a muito, mas muito tempo mesmo e ninguém mais consegue apostar que volte a ser um jogador atuar em bom nível.

Você caro leitor, puxe na memória quando foi a última vez que você viu Ronaldinho partir pra cima de algum marcador, tentar um drible, uma jogada produtiva? Eu sinceramente não me recordo. O repertório do R10 atualmente se resume a lançamentos laterais, viradas de jogo e passes curtos pro lado. Um jogador que parece estar fazendo hora extra no esporte, que está ali por obrigação e não por vontade própria. O futebol que Ronaldinho Gaúcho produz é proporcional a vontade que ele demonstra: uma preguiça sem precedentes.

Flamengo e Ronaldinho estão simplesmente se enganando. O clube não o paga como o combinado inicialmente, e o atleta acaba se acomodando e dando de ombros para as normas postas pelo clube. Quem não cumpre suas obrigações, não pode exigir a contrapartida (isso vale para as duas partes).

Gaúcho, já ganhaste tudo que um atleta pode ganhar. Sendo assim, pare de se enganar, e nos enganar. Vai curtir o monte de grana que você já embolsou e ficar em paz com sua família e seus amigos. Mas enquanto estiver sob contrato com o clube de maior torcida no Brasil, sofrerás a pressão, e terá de lidar com ela.


Ronaldinho saindo de campo vaiado contra o Internacional. Fonte: ESPN.com.br

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Corinthians mandou um all-in na Libertadores. Vale a aposta?

Segunda rodada do brasileirão, o campeonato ainda no comecinho, e pouca coisa pode ser avaliada. A liga nacional é longa e tem diversos percalços até a última rodada para definir o campeão, quem vai a Libertadores, Sul-americana e os rebaixados. Mas um fato se não chamou muita atenção, também não passou desapercebido: o Corinthians atual campeão da competição, em dois jogos ainda não conquistou pontos.

Analisando os dois jogos do Corinthians superficialmente, podem alegar que o time estava focado na Libertadores da América, em meio a uma batalha épica contra o Vasco da Gama. Um título que a fiel torcida corintiana persegue a muito tempo e é a meta do clube para a temporada 2012. Entretanto, o Corinthians tem que contar com a possibilidade real de ser eliminado nas semifinais pelo Santos, ou perder uma eventual final contra Boca ou La U.

Caso isso aconteça, o que será da equipe de Tite para o resto da temporada? Porque ser eliminado na Libertadores tendo ficado tão perto do título sonhado pode ser um duro golpe por alguns jogos. jogos estes que valem os mesmos três pontos das últimas rodadas. Pontos estes que podem fazer a diferença entre lutar pelo título ou pela vaga na Libertadores, ou num cenário mais pessimista, ficar na zona da pasmaceira (Sul-americana).

Derrotas significativas nas duas primeiras rodadas, com equipes que devem brigar na metade de cima da tabela (Fluminense e Atlético Mineiro) são pontos perdidos, por mais que não se tenha atuado com força máxima nos dois encontros. Destaco ainda que o Corinthians não tem jogadores servindo a seleção no momento e não possui muitos convocáveis com frequência (Ralf e Paulinho vão e vem na lista de Mano) sentindo um pouco menos de desfalques no elenco do que equipes como o Inter, Santos ou São Paulo, que são os clubes que mais cedem jogadores a seleção no Brasil. 

E aí, volta a velha pergunta que sempre é feita aos times brasileiros que estão na disputa de duas competições: Até que ponto poupar e até que ponto jogar com força máxima ajuda ou atrapalha?

O risco está posto, o nível dos campeonatos está bem forte. O Corinthians ao que parece joga todas as suas fichas na Libertadores. Na verdade, não tem outras "jogada" para fazer. Vamos ver se o Timão "quebra a banca" ou sairá "depenado" nos dois torneios...


Cássio assiste Danilinho comemorar o gol da vitória do Atlético sobre o Corinthians. Fonte: ESPN.com.br


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Todos os clichês num jogo só.

Ontem Corinthians e Vasco fariam a segunda parte do "jogo de 180 minutos" no Pacaembu. O clássico nacional valia vaga para as semifinais da Libertadores da América, que os dois clubes há muito não alcançavam. Um jogo que parecia que seria um verdadeiro "teste para cardíaco" para os torcedores das duas equipes, afinal "clássico é clássico e vice-versa".


Jogo truncado de duas "equipes cascudas" que "sabiam o que queriam dentro de campo" e jogavam um "futebol de resultado". O jogo não foi lá grande coisa no primeiro tempo, com muita tensão no ar e poucas chances para as duas equipes. O Vasco havia começado melhor, com mais posse de bola e o Corinthians forte na marcação, mas as duas equipes se equilibraram e o primeiro tempo terminou sem gols.


Veio o segundo tempo, e com ele um pouco de "mais do mesmo" do primeiro tempo. Nos primeiros 20 minutos as equipes repetiram o desempenho da primeira etapa, de muita entrega e forte marcação. Até que um vacilo de Alessandro deu a Diego Souza a chance de "matar o jogo" numa arrancada sozinho do meio de campo até a área mosqueteira. Diego chutou e perdeu um "gol feito" contra Cássio que "operou um milagre" no Pacaembu.


Após outra bola na trave no escanteio a seguir, o momento virou todo para o clube do Parque São Jorge. O treinador vascaíno resolveu tirar o escape do contra ataque da equipe Éder Luís e colocou um inoperante Carlos Alberto. O resultado foi o Timão "alugando o meio de campo" da equipe cruzmaltina e começando a utilizar a tática que mais tarde seria fatal: o glorioso "chuveirinho" na área. Primeiro uma linha de passes de cabeça chegou aos pés de Emerson que chutou na trave.


O gol estava próximo e o "castigo" veio aos 43 do segundo tempo: após falta cobrada rápida, o Timão arranca escanteio. Na batida, Paulinho cabeceia desmarcado e faz o "gol da classificação" corintiana e "desentalou o nó da garganta" dos torcedores do alvinegro. Agora o Corinthians faz uma semifinal paulista contra o Santos, que eliminou o Vélez Sarsfield nos pênaltis hoje. Jogo sem prognósticos onde "tudo pode acontecer".


Utilizando uma frase do técnico santista Muricy Ramalho "A bola pune". E Diego Souza nunca mais esquecerá o jogo de ontem. Muito menos Paulinho esquecerá o gol histórico...





Paulinho marca e sai para vibrar com a Fiel. Fonte: Trivela.uol.com.br



terça-feira, 22 de maio de 2012

Torcidas Organizadas ou quadrilhas organizadas?

Sexta-feira passada fui ao Estádio Rei Pelé ver a (frustrante) estréia do CRB na Série B do brasileirão. Desde a venda dos ingressos antecipados, até a chegada ao estádio, tudo tranquilo. Jogo de uma torcida só me incentiva mais a frequentar a cancha e ir ver o clube que torço aqui no estado de perto num campeonato de nível interessantíssimo. Eu e dois amigos resolvemos entrar cerca de meia hora antes para tentar pegar um bom local para ver a partida. Mal me lembrava que isso pouco importa, já que todos assistem o jogo de pé já que a primeira fileira tem a visão impedida graças aos "gênios" que ficam em pé encostados a grade que separa as arquibancadas.

De qualquer forma, tudo indo bem. Os times entram e campo e as músicas começam a ser entoadas pela torcida. Tudo muito bom, tudo muito bem, até se iniciarem as músicas especificas da organizada mais conhecida da equipe alvirrubra. Com incitação a violência e xingamentos direcionados ao rival local (que só joga a série D, ou seja não tinha nada a ver com a história no campeonato disputado), os integrantes da torcida bradavam orgulhosos os palavrões misturados com a exaltação da Torcida Organizada que é "matadora". E assim os cânticos se revezavam entre enaltecimento da Torcida Organizada e ao apoio ao time em campo.

No fim do jogo, quando o CRB já perdia por 2x0, alguns torcedores já saíam do estádio quando começaram a ser hostilizados pela facção organizada que os chamava de "modinha" e outras palavras de baixo calão. Apesar de ter ficado até o final do jogo, fiquei chateado e desapontado com a situação. Quem paga ingresso tem direito de entrar e sair a hora que quer, e não tem de dar satisfação a ninguém, ainda mais de gente que recebe gratuitamente ingressos e provavelmente vive dessa "indústria" das torcidas organizadas.

Este relato simples e pessoal me levanta um questionamento: Qual o sentido das organizadas? O que elas realmente agregam para o espetáculo?

Sou contra as organizadas, não pela festa (visualmente sempre bonita) que elas fazem nos estádios, mas sim pela supervalorização que as mesmas atingem, muitas vezes sendo consideradas mais importantes do que a sua própria razão de ser: os clubes. Estes são utilizados como meras desculpas para os atos de vandalismo e violência praticados por parte dos integrantes dessas organizadas.

O Ministério Público do Estado de São Paulo entrou com ações civis públicas pedindo a extinção das torcidas organizadas Gaviões da Fiel (Corinthians); Mancha Verde (Palmeiras); Serponte e Jovem Amor maior (Ponte Preta); Guerreiros da Tribo e Fúria Independente (Guarani). Essas torcidas se envolveram em episódios de violência durante o campeonato paulista deste ano, gerando desordem, confrontos e até mortes. O objetivo da ação é "garantir a segurança e sossego públicos, uma vez que houve o desvirtuamento de suas finalidades sendo as torcidas organizadas utilizadas para a promoção de atos e práticas ilícitas, inclusive ilícitos penais, com a ocorrência de atos de violência e tumultos a elas relacionados, causando enormes danos à sociedade, gerando a sensação de falta de segurança dentro e fora dos estádios". 

O torcedor brasileiro espera sinceramente que isso acabe, e que a paz nos estádios volte a reinar. Sei que extinguir as torcidas não resolverá o problema, mas algo tem de ser feito para melhorarmos o espetáculo do futebol.

Não seja gavião, seja Corinthians; não seja Mancha verde, seja Palmeiras; não seja Mancha azul, seja CSA e não seja CV, mas sim CRB. Valorize ainda mais a sua torcida valorizando o seu clube.


Pena que não se resume a isso. Fonte: Goal.com/br

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Começou o Brasileirão. Ufa!

Ainda que sem todos os times jogando com força máxima a competição, devido ao (ridículo) calendário nacional, nesse fim de semana começou o maior e melhor campeonato do país. O Brasileirão começou com jogos interessantes, outros nem tanto, mas com a certeza que os melhores 20 clubes do país na atualidade estarão representando suas torcidas nas 38 rodadas do torneio.

A nota triste fica por conta da bagunça do calendário. Tenho de voltar o assunto porque os times são obrigados a escalarem equipes reservas por priorizar as fases finais da Libertadores ou Copa do Brasil, resultando num interesse um pouco diminuído nas primeiras rodadas do brasileirão. A CBF e os clubes (os maiores prejudicados) poderiam rever todo o calendário, de preferência adequando-se ao calendário europeu (que na verdade é um calendário mundial, diga-se de passagem). Somadas a uma revisão gigantesca dos estaduais, esta mudança poderia significar um nacional ainda mais interessante e empolgante desde o início.

Mas falando do presente, grandes jogos marcaram a primeira rodada como o Botafogo 4 x 2 São Paulo, ou o Internacional 2 x 0 Coritiba, deixando um bom cartão de visitas no início desta maratona futebolística que só se encerra em dezembro. Será que o Corinthians repetirá a dose do ano passado? ou teremos um novo campeão nacional? E quem serão os rebaixados a série B do brasileiro?

Essas e outras perguntas serão respondidas ao longo do campeonato. Ficaremos atentos a essa overdose de futebol.

E que me desculpem os fãs dos Estaduais, mas ainda bem que o Brasileirão voltou...


Damião e Oscar comemoram o primeiro gol do Inter no Brasileirão. Fonte: Globo.com

domingo, 20 de maio de 2012

O futebol sempre vence.

O título parece até uma afronta a final da Champions League, mas é a verdade. O futebol venceu em Munique com a vitória nos pênaltis do Chelsea por 4x3, superando os donos da casa do Bayern de Munique e levantando a Taça da competição de clubes mais importante do mundo. Alguns leitores irão me questionar sobre a qualidade técnica do jogo do Chelsea, ou a infinidade de gols que o Bayern perdeu e consequentemente discordarão do título deste post.

A equipe alemã jogou um futebol ofensivo, de posse de bola e ataque rápido e envolvente que é admirado aqui no Brasil. Numa forma mais próxima do que nós nos acostumamos a ver e jogar, os bávaros buscaram o resultado a todo momento, mas a bola teimava em não entrar, em boa parte pela excepcional partida disputada por Petr Cech. O goleiro dos blues voltou aos tempos áureos e mostrou o porque é considerado um dos melhores do mundo em sua posição.

Somado a isso, a incompetência do Bayern em concluir as suas chances em gols. Por maior paredão que o Chelsea tenha montado, as chances foram criadas aos montes, mas não foram aproveitadas, exceto no gol de Thomas Müller. Até pênalti os alemães desperdiçaram na prorrogação, um gol que poderia ser o do título e que Robben falhou no momento decisivo (como já havia acontecido na Bundesliga no jogo contra o Dortmund). 

O Chelsea foi mais eficiente. Com uma quantidade de chances bem menores, igualou o jogo e levou tudo para as penalidades. Ainda nos pênaltis, teve o mérito de manter a calma mesmo saindo atrás nas cobranças, virando a disputa a seu favor e conseguindo a sonhada conquista para o clube Londrino. Não faltou suor nem alma aos blues, muito menos futebol. Sim, porque futebol é um esporte onde o jogo pode ser jogado de diversas formas para se alcançar o seu objetivo. Pragmatismo também pode ser o ingrediente para o sucesso. Aceitar isso foi o mérito deste título para o Chelsea.

Concordem ou não com o estilo de jogo, isso é futebol meus caros .A beleza deste esporte reside justamente no imprevisível. 

E seja qual for o vencedor e o perdedor, o futebol sempre vence.

11 inicial histórico para os Blues. Fonte: Trivela.uol.br

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Somos tão superiores assim?

Ontem acompanhei os dois jogos entre brasileiros e argentinos pela Taça Libertadores da América. As derrotas de Fluminense e Santos para Boca e Vélez respectivamente complicaram bastante a situação de classificação dos clubes brasileiros. Apesar da vantagem ter sido construída pelo placar mínimo de vitória (1x0), o fato de não ter sofrido gols em casa favorece demais os hermanos para o jogo de volta, já que tanto Vélez quanto Boca estão acostumados a essa competição e sabem manter um padrão de jogo tanto fora quanto dentro de casa.

Após o jogo, me vieram a cabeça inúmeras vezes que times brasileiros jogam partidas decisivas na Argentina. Procurei me recordar de resultados positivos, mas esses são raríssimos  e posso contar nos dedos das mãos às vezes que equipes brasileiras se deram bem em terras hermanas EM JOGOS DECISIVOS. Mas porque os clubes brasileiros tem toda essa dificuldade, já que em tese temos o melhor campeonato nacional do continente, nossos clubes contratam grandes jogadores através de um maior aporte financeiro e uma grande estrutura? Se compararmos ao resto do continente, o Brasil tem de longe as melhores condições de jogo, mas isso nem sempre se traduz na prática.

Já os Argentinos podem estar com os piores times tecnicamente, mas sempre aprontam em suas passagens pelo Brasil. Isso aconteceu inúmeras vezes, e poderá acontecer nos jogos de volta da semana que vem. O que me vem a cabeça fazendo essas duas análises é: O futebol brasileiro de clubes é tão superior assim ao argentino?

Os ufanistas dirão que Libertadores a "porrada come solta" que os juízes não dão falta, que tem o apito amigo pró hermanos, enfim. Concordo que isso exista, mas não na proporção de mudar toda uma história em favor dos argentinos. Vendo os dois jogos ontem, ficou claro que Boca e Vélez tem um padrão tático absurdo, tocam muito bem a bola e são times bastante eficientes na marcação. Em resumo são equipes extremamente bem treinadas, e com jogadores que se não são gênios da bola, pelo menos tem uma consciência tática ainda ausente nos nossos jogadores.

Vamos parar com essa história de que o nosso futebol é infinitamente superior que o argentino, uruguaio, chileno, colombiano, equatoriano, etc. Vejo os clubes brasileiros num patamar em geral parecido com os outros dentro da américa do sul, apesar de ter potencial para ser bastante superior em termos continentais. Ainda falta alguma coisa para chegarmos a essa soberania, e a resposta só pode estar dentro de casa...

Neymar acompanhado até quando enxua o suor na derrota do Peixe. Fonte: Espn.com.br

domingo, 13 de maio de 2012

Tem coisas que só o futebol faz com você...

O esporte sempre foi um refúgio do homem para extravasar suas emoções. Alegria, tristeza dor, superação dos limites, comoção, tudo isso sempre é potencializado numa disputa esportiva. Qualquer que seja a modalidade, o sentimento estará presente.

Particularmente sou fã de outros esportes, como o Futebol Americano, Basquete, Baseball, MMA (ainda que não considere um esporte como os outros). Eles que me perdoem, mas nenhum deles me traz tanta emoção como o futebol. O velho esporte bretão tem seus problemas (principalmente no Brasil), mas quando se trata das 4 linhas, do jogo jogado, não há como não se emocionar.

Hoje tive alguns exemplos dessa emoção nas finais do Estaduais. Um clube gigante como o Bahia ficar 10 anos sem conquistar um estadual é um sofrimento sem fim para a sua torcida. Ainda mais com um jogo sensacional de placar 3x3, mas que poderia ter tido muito mais gols para os dois lados. Tanto é que Marcelo lomba foi talvez o principal nome da final fazendo defesas milagrosas.

E o que falar do Santa Cruz, que após viver uma fase onde o clube quase acabou, conquistou o bicampeonato pernambucano em plena Ilha do Retiro, em cima do seu rival Sport. Num jogo também emocionante, o 3x2 do tricolor pernambucano sacramentou um título merecido. Poderia aqui ainda citar os títulos do Ceará, Avaí, CRB, Goiás, todos com uma grande dose de emoção. Os estaduais sempre trazendo emoção no seu final (porque o começo sempre é um soooooooooono...).

Mas o que mais me marcou foi o título do Manchester City. Por mais que a realidade inglesa esteja distante, eu vi o jogo tentando me colocar no lugar da torcida dos citizens. Cheguei no restaurante onde toda minha família se reuniu para celebrar o dia das mães e o jogo estava no começo. Ficamos acompanhando, alguns mais, outros nem tão interessados. O City iniciou o jogo pressionando, já que a vitória garantiria o tão sonhado título depois de 44 anos de fila. O Queens Park Rangers se segurava como podia, já que o empate o mantinha na primeira divisão inglesa. Mas o City abriu o placar com Zabaleta. Fim do primeiro tempo e os comentários sobre o jogo estavam desanimados, talvez porque o City era favorito e dominava o jogo e o placar. Não tinha jeito de tirar o título daquela "seleção".

Depois, o segundo tempo chegou, e logo aos 3 minutos, Cissé empata o jogo. Percebo que alguns começam a se interessar mais para a partida. O City continua pressionando, mas esbarra no ferrolho incrível do QPR. Tevez cava uma expulsão de Barton e a equipe dos Rangers fica com 10 em campo. Todos jé comentam na mesa "agora vai". Mas o futebol não é ciência lógica, e num contra-ataque fulminante Jamie McKie cabeceia no chão e faz o improvável gol de virada do QPR. 

O desespero começa a bater nos jogadores e torcedores do City. Imagens dos torcedores do  Manchester United comemorando no outro jogo a vitória que combinada ao tropeço dos rivais locais lhe trariam mais um título começam a ser mais frequentes. O tempo passa e a agonia aumenta. Acabei virando um torcedor fervoroso do City nos minutos finais, me compadecendo daquele sofrimento deprimente da torcida com 44 anos sem um título inglês. O goleiro Kenny parecia estar com o corpo (e a trave) fechado, e operava milagres em sequência. Até que Dzeko aos 91' após mais uma das bolas alçadas na área cabeceou e empatou o jogo. Todos na minha mesa estavam na torcida e se animaram com o gol. Mas ainda faltava um.

E aos 93, veio a explosão no Ettihad stadium (e na mesa da minha família), quando Agüero tabelou com Ballotelli, passou um marcador e chutou uma bomba marcando o gol do título. A agonia, tensão, nervosismo, chamem vocês como quiserem estavam tão presentes no ambiente que alguns se levantaram na mesa e gritaram gol comigo. O Manchester City saía da fila e vencia a premier league merecidamente. Ficamos comentando o jogo um pouco mais durante o almoço, mas ficou por aí.

Certamente ninguém da minha família irá virar um citizen fanático. Alguns nem se ligam tanto assim em futebol. Entretanto, não há um esporte que faça aflorar tanta emoção, que consiga prender tanta atenção quanto o futebol. Garanto que sempre lembrarão do jogo com uma virada nos acréscimos que deu um título a um time inglês azul de Manchester...

Agüero marca e a torcida dos citizens explode de emoção. Fonte: Trivela.uol.com.br

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Felipão perdeu a linha. Mas não deixa de ter razão...

Tudo no Palmeiras gera crise. Até mesmo golear e classificar-se para as quartas de finais da Copa do Brasil.

Logo após a vitória por 4x0 diante do Paraná Clube, Felipão soltou o verbo na entrevista coletiva. Aproveitou quem sabe um momento de vitória maiúscula para não reclamarem que ele só sabe reclamar quando derrotado. E resolveu (mais uma vez) detonar a diretoria do Palestra. Falou abertamente que entregou nas mãos da diretoria uma lista com 7 nomes de jogadores que ele gostaria para reforçar o seu elenco, mas obteve um não como resposta.

O motivo da negativa já é antigo no clube alviverde: Cofres vazios. O Palmeiras não tem mais dinheiro em caixa para investir em grandes contratações de impacto para a equipe profissional. Após os investimentos em barcos e Wesley, a "fonte secou". O desabafo do treinador foi referendado hoje pelo presidente, que falou textualmente que o palmeiras "não é a casa da moeda".

Tudo bem que Felipão pegou pesado nas suas declarações, ainda mais num momento desnecessário já que o time fez uma boa partida e chegou as quartas de finais da Copa do Brasil. Chamar os novos contratados de "juquinhas" também não é uma boa forma de conquistar o grupo. Mesmo assim, o treinador gaúcho tem certa razão. 

Por ser ele a grande estrela da equipe, o homem mais visado dentro do futebol profissional, ele tem que dar a satisfação para o torcedor do que acontece no clube. E apesar de dolorida a verdade do Palmeiras é trabalhar com as apostas de clubes do interior, até porque a base não revela ninguém, pelo menos que seja do agrado do técnico.

Acredito que o Palmeiras tem um time bom, mas peca no quesito banco. Melhorando em duas ou 3 posições, ficaria apto a disputar bem o brasileiro, e vencer essa Copa do Brasil.

E você, concordou com desabafo de Felipão?


Felipão "feliz". Fonte: Uol.com.br

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Bianconeri campeone del Calcio!

O título da postagem em italiano remete a homenagem a Velha Senhora, a Juve sagrou-se campeã Italiana da temporada 2011-2012. O clube de Turim alcançou seu 28º Scudetto e voltando ao cenário de conquistas que consagrou o clube como maior campeão Italiano da história. Após o escândalo em 2006 que tirou dois títulos dos bianconeri, a Juventus amargou o calvário da segundona, voltou a primeira mas nunca foi forte o suficiente para voltar a sua posição de grande clube.

Mas isso mudou nesta temporada, com a montagem da equipe comandada por Antonio Conte e a chegada de jogadores vitais para a equipe, casos de Vidal, Lichsteiner e principalmente Pirlo. O volante que atuou por várias temporadas no Milan se transferiu para a rival de Turim para provar que ainda tinha "gasolina no tanque" e poderia ser importante no futebol italiano. E jogou como um verdadeiro maestro, sendo o termômetro da equipe.

Numa solidez defensiva impressionante, aliada a eficiência no ataque, uma equipe sem grandes estrelas foi se solidificando e consequentemente conquistando vitórias no Calcio. Numa arrancada sensacional, a equipe de Turim, apesar de alguns vacilos, está a um jogo de ser campeã invicta do torneio, e ainda pode terminar a temporada invicta caso não vença a decisão da Copa Itália ante o Napoli.

Parabéns também as bandeiras da equipe, como Chiellini e Buffon, além do eterno capitão Del Piero, que já foi tema de post do gênio tático (lembre aqui). Os dois últimos que sofreram com o inferno da segundona e que agora tem a sua volta por cima no clube. Contra todas as previsões que apontavam os elencos caros de Inter e Milan como favoritos, a Juve fez do conjunto sua grande arma e se sobressaiu.

E pra não deixar de esquecer, parabéns a direção do clube, que construiu uma arena boa e barata (quase igual ao Brasil?) para abrigar os jogos do clube, e a torcida apaixonante da Juve que a anos clamava por esse título após muito sofrimento. A festa na Piazza de San Carlo foi magnifica. Pra quem tiver curiosidade de ver, segue o vídeo abaixo com a gritaria da torcida cantando "siamo noi, siamo noi, campioni del Italia siamo noi"



Parabéns a Juve pela conquista grandiosa e merecida.

Jogadores comemoram o título no final do jogo contra o Cagliari. Fonte: Mundodofutebol.net




domingo, 6 de maio de 2012

"O Fred vai te pegar" ataca de novo.

Mais um golaço na conta de Fred aconteceu hoje, 06 de maio de 2012. O centroavante tricolor mais uma vez deixou a sua marca, e em grande estilo. Com uma bicicleta sensacional, fez o gol de empate que recolocou o Flu no jogo, e alavancou a virada da equipe das laranjeiras na primeira partida da final do Cariocão.

Fred tecnicamente é o melhor centroavante atuando no Brasil. Tem todos os fundamentos, explosão, faro de gol e inteligência. O seu grande problema é a falta de regularidade. Muitas contusões pequenas, além de momentos de claro "desinteresse" impedem que Fred suba um patamar na carreira e seja alçado ao topo dos grandes centroavantes na história do futebol brasileiro.

Apesar de ter tido poucas oportunidades como titular da seleção canarinho, Fred sempre que entrou cumpriu bem seu papel, marcando alguns gols e sendo importante. Mais uma vez a inexplicável birra de Mano Menezes atua, fazendo com que num certo momento Fred deixasse de ser convocado. 

Por mais que o atacante tenha atravessado uma má fase, claramente Fred pode produzir muito mais do que outros convocados. Espero que siga jogando regularmente, sem lesões e focado para voltar a seleção. Creio muito no seu potencial e acho que ainda pode ser o melhor 9 possível para o brasil em 2014.

Até quando "O Fred vai te pegar" será cantado pela torcida tricolor? Espero que por muitos anos ainda. O futebol sempre agradece a gols como o de hoje.

Fred observado por Elkesson no jogo de hoje. Fonte: Uol.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Atlético MG falha de novo. Até quando isso irá se repetir?

Mais uma vez, o galo mineiro coleciona outro fracasso numa competição nacional. Apesar de um bom time, contratações de certo peso, uma ótima estrutura e um treinador renomado nacionalmente, o Atlético caiu nas oitavas de final da Copa do Brasil para o Goiás. Resta a equipe a final do campeonato mineiro contra o América, que inicia a disputa no próximo domingo.

O que me intriga é a dúvida de qual o real motivo dessa fragilidade do Atlético nos últimos anos. Após o brasileiro de 1999, o galo nunca chegou a uma final de competição. Tirando 2009, onde a equipe ameaçou uma disputa pelo título, mas acabou não conseguindo nem uma vaga para a Taça libertadores, o Galo mineiro nunca decola no âmbito nacional. Pelo contrário, foi rebaixado até para a série B do brasileiro.

O time tem um dos melhores CTs do país, as finanças em bom estado (coisa rara hoje no brasil se tratando de clubes), tem um elenco bom, um bom técnico porém não engrena. O time começou muito bem o mineiro, passou boa parte do estadual com 100% de aproveitamento, e está na final. mas quando transporta esse desempenho para o âmbito nacional, são anos sempre com fiascos na Copa do Brasil, e lutando contra o rebaixamento no campeonato brasileiro.

Não sei se é algum tipo de problema psicológico, se a mentalidade da equipe passou a ser de time médio no cenário nacional, ou se outro fator desconhecido atrapalha o clube. O fato é que após o brasileiro de 71, o galo teve esporádicos bons momentos, como na década de 80 com o timaço de Reinaldo, mas nunca se consolidou como clube gigante no cenário nacional. Uma pena pois o galo é um clube de massa, torcida essa que merece mais alegrias.

Até quando veremos o galo penar desse jeito? (com o perdão do trocadilho).

Torcida do Atlético-MG no Mineirão. Fonte: Galoforte.net

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Diretoria afasta jogador no SPFC. Porque não?

Venho lendo diversos textos sobre o afastamento do zagueiro Paulo Miranda do São Paulo discordando do método da diretoria do clube no caso. 

Eu tenho que dizer que discordo parcialmente do meio.

Não acho que foi o momento correto para afastar o atleta, já que o time já estava concentrado para um duelo importante do único torneio que o clube disputa no primeiro semestre, e que dá vaga para libertadores.

Mas sinceramente, porque a diretoria não pode afastar um atleta do clube que está prestando serviço para o próprio clube?

Para mim os diretores tem autonomia suficiente para tomarem esse tipo de decisão (e arcarem com as consequências depois). Da mesma forma que demite treinador, suspende funcionários da sociais ou associados por atrasos, enfim.

Os motivos que levaram o afastamento são questionáveis, já que alguns interpretam como interferência técnica no trabalho de Emerson Leão. 

Mesmo que seja, a diretoria do clube também é responsável pelo emprego do treinador, e bem ou mal, está acima do mesmo na hierarquia de poder.

Paulo Miranda em treino no SPFC. Fonte: Lancenet.

Em resumo, defendo a atitude da diretoria, porém discordo de como ela foi tomada. E vocês, o que acham?