sábado, 30 de junho de 2012

Seedorf fará diferença dentro ou fora de campo.

O Botafogo anunciou em seu site oficial a contratação de Clarence Seedorf por dois anos de contrato. O jogador que atuava no Milan desde 2002 tinha outras propostas inclusive mais rentáveis do que a do clube carioca, entretanto pesaram sua vontade de jogar no Brasil e a vontade da esposa que é brasileira. O jogador chega com status de ídolo apesar dos seus 36 anos, vinha jogando bem nas suas últimas aparições pelo Milan, apesar de ser reserva na última temporada.

Mas o que a torcida do Botafogo que não acompanha tão bem a carreira do meia holandês quer saber é se ele poderá ajudar o Botafogo a lutar por um título nacional que não vem desde 1995. E a resposta pra mim é sim, já que o Botafogo conta com um bom time e com mais uma ou duas peças de reposição, pode lutar pelo título do Brasileirão, tendo como objetivo mínimo a volta a Taça Libertadores da América.

Mas os torcedores tem que entender que Seedorf não jogará todas, não fará sempre a diferença e que a idade pesará um pouco às vezes. Ele veio para ser o cara do time, dar um acréscimo de experiência aos mais jovens, e principalmente trazer um espírito de campeão ao grupo que é criticado por tremer em momentos decisivos após fazer bons campeonatos. Seedorf sabe como poucos o que significa a palavra campeão e pode dar esse "aproach" para uma equipe que talvez tenha isso como a maior carência.

Além disso, é óbvio que o clube da estrela solitária ganha demais com o marketing do clube e consequentemente as receitas tendem a crescer. Até a visibilidade internacional do Botafogo será aumentada, e num primeiro momento a torcida botafoguense deve voltar em peso ao Engenhão para apoiar sua nova estrela. Digo num primeiro momento pois se os resultados continuarem não surgindo, fatalmente os protestos voltarão ser a tônica no clube de General Severiano.

Só vejo pontos positivos nessa contratação, que só acrescenta muito ao campeonato brasileiro e principalmente ao Botafogo, clube de grandes tradições porém carente de grandes conquistas nos últimos anos. Que Seedorf seja bem vindo e abrilhante ainda mais o brasileirão. 

E os leitores, o que acham? Seedorf dará certo no Botafogo?


Seedorf é do Botafogo! Fonte: Site oficial do Botafogo.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Leão demitido no São Paulo. Promessa de mais um ano vazio.

Émerson Leão não é mais técnico do São Paulo Futebol Clube. A informação foi confirmada pelo treinador após uma conversa com Juvenal Juvêncio no CT tricolor. Leão deixa a equipe após a eliminação traumática na Copa do Brasil para o Coritiba e uma derrota para a Portuguesa pelo brasileirão. Com atuações apáticas nos últimos jogos e muitos protestos da torcida com o time e o treinador, a corda como sempre arrebentou do lado mais fraco.

O que me intriga nessa demissão não é nem o ato propriamente dito, mas sim a contratação de Leão, um treinador que estava fora da mídia faz algum tempo, não andava fazendo grandes trabalhos e tinha fama de ter "prazo de validade". Com tudo isso, foi no mínimo surpreendente a contratação de Leão pela diretoria tricolor no final do ano passado, com o objetivo de dar um choque no elenco que foi acusado de não ter raça.

Agora fica a pergunta: Quem virá para o lugar deixado por Émerson Leão, já que o mercado de treinadores anda bastante escasso de nomes de qualidade (Se o técnico da seleção brasileira é Mano Menezes, podemos sentir como está a situação) o Sâo Paulo mais uma vez testará o mercado em busca do nome salvador da pátria, coisa que Juvenal procura faz tempo. Desde a saída de Muricy Ramalho, o São Paulo já apostou em: Ricardo Gomes, Sérgio Baresi, Adilson Batista, Paulo César Carpegiani e Leão (não estão em ordem).

Leão vinha fazendo um trabalho regular, estabeleceu um certo padrão na equipe, mas ainda faltava muito para que o São Paulo fosse visto como uma equipe vencedora. Especulações colocam como favoritos da diretoria o atual treinador do Fluminense Abel Braga e o português André Vilas-Boas ex-treinador do Chelsea como favoritos ao cargo. Vamos aguardar o desfecho dessa nova novela do tricolor do Morumbi.

Mas que fique claro para o torcedor que mesmo que venha Guardiola, o principal problema do São Paulo não é quem fica no banco de reservas, mas quem manda.


Leão anuncia sua saída do comando do São Paulo. Fonte: Globoesporte.com


segunda-feira, 25 de junho de 2012

Favoritos "pero no mucho"

As quartas de finais da Euro foram grandes jogos com muitos gols, apesar de termos o primeiro 0x0 da competição.  Portugal, Espanha, Alemanha e Itália passaram seus desafios e agora lutam por uma vaga na final do torneio mais importante de seleções depois da Copa do Mundo. De um lado o confronto entre portugueses e espanhóis e de outro talvez o maior clássico europeu entre italianos e alemães. 

Antes do início da competição, Espanha e Alemanha eram disparados as favoritas para a final do torneio, pelo bom futebol apresentado nos últimos anos e por manterem a base de suas equipes a muito tempo. Não é surpresa para ninguém as duas seleções estarem  nesta situação, mas agora tem pela frente desafios importantes para confirmarem o favoritismo alcançado antes do torneio.

Espanha enfrenta uma seleção portuguesa que vem tendo em Cristiano Ronaldo o fator decisivo para passar de fase. Após uma atuação discretíssima nos dois primeiros jogos da fase de grupos, Cristiano chamou a responsabilidade nos dois últimos jogos marcando 3 vezes ajudando Portugal a chegar a sua terceira semifinal de Euro nas últimas 4 edições. A Espanha terá de controlar ainda mais o jogo como fez contra a França, e não dar espaços na zaga para que Cristiano jogue, caso contrário poderá ver ruir o sonho do Bicampeonato Europeu.

Já a Alemanha vem jogando o melhor futebol da competição, 100% de aproveitamento com futebol arte de posse de bola, técnica e vertical, mas enfrenta uma Itália que se não tem o mesmo encantamento, tem um futebol surpreendentemente ofensivo e uma defesa segura. Foram mais de 30 finalizações contra a Inglaterra nas quartas de finais, com um jogo de passes e muitas jogadas pelas laterais, tendo Pirlo como maestro no meio de campo (talvez seja o melhor jogador da competição até agora). Fora isso, os italianos tem na sua tradição uma força que talvez seja capaz de suplantar a também tradicional Alemanha. Jogo duríssimo e interessante de se acompanhar.

Vejo Espanha e Alemanha como finalistas por tudo que vem apresentando nos últimos tempos. Mas não se espantem se Portugal ou Itália (quiçá as duas seleções) aprontarem uma bela surpresa nestas semifinais. Vamos acompanhar e descobrir o que acontece nesse meio de semana.



Os 4 semifinalistas. Quem será o novo campeão? Fonte: blogs.diariodepernambuco.com.br


quinta-feira, 21 de junho de 2012

Faltou ter jogo.

Uma semifinal histórica que colocou o Corinthians na sua primeira final de Libertadores. Assim ficará marcado o jogo de ontem no Pacaembu para a história do futebol Paulista e brasileiro. Muita emoção, entrega, disposição, catimba, jogadas duras, tudo isso fez parte do jogo de ontem. 

A partida foi tensa, como geralmente é tenso jogos decisivos entre rivais, ainda mais se tratando de Libertadores. Só que apesar dessa tensão, vendo o jogo de ontem senti falta de um pequeno "detalhe" que não deu as caras ontem em São Paulo: o futebol. Sim meus caros, o jogo de ontem foi repleto de sentimentos, mas escasso de bola. Faltaram chances, sobraram faltas, cartões, discussões e erros bisonhos. Foi daqueles típicos jogos que se assistiu muito mais pela importância da partida do que pela qualidade do espetáculo.

O Santos decepcionou, com muitos erros de marcação e uma troca de passes infinita porém sem nenhuma efetividade prática  para quem necessitava do resultado para continuar na luta pelo tetracampeonato continental. Com um Ganso muito recuado e um Neymar muito bem marcado, a rigor a única chance clara da equipe da baixada Santista foi o gol de Neymar, numa jogada que ele mesmo iniciou e concluiu após o rebote do chute de Borges que bateu na trave. No segundo tempo, com a melhora na marcação corintiana, o Santos sumiu e após sofrer o gol logo no começo, foi um time apático, sem brio nem futebol, ficando encaixotado na marcação do Corinthians.

Corinthians esse que começou muito recuado, marcando em seu próprio campo e esporadicamente encaixando um ou outro contra ataque. Teve como principal chance no primeiro tempo a cabeçada de Jorge Henrique que Rafael pegou, mas após recuar ainda mais, acabou dando campo pro peixe e sofreu o gol. Passou por um certo sufoco depois, mas controlou o jogo e voltou do segundo tempo marcando um gol aos dois minutos, que deu a tranquilidade necessária a equipe. passou a marcar pressão a saída de bola do Santos que não soube sair dessa marcação, ficando o alvinegro do parque São Jorge tranquilo no jogo controlado, só esperando o apito final para a classificação.

Não acho demérito o Corinthians jogar marcando forte como o Chelsea fez na Liga dos Campões por exemplo. O futebol concede essa possibilidade de coexistirem vários meios de se alcançar o resultado positivo. Entretanto, respeitar é uma coisa, se agradar é outra. Para mim o futebol que o Corinthians pratica é desagradável de se ver, um jogo baseado em bolas paradas, marcação extrema e contra ataques rápidos. Não à toa o ataque tem feito poucos gols, mas a defesa tem sofrido menos ainda. Prova que apesar do futebol nem tão vistoso, a equipe é extremamente eficiente. E isso marca um campeão.

O Corinthians está a dois jogos de realizar seu sonho. E ele nunca esteve tão próximo, mesmo com um futebol tão feio...


Danilo comemora o gol de empate contra o Santos. Fonte: Uol.com.br



terça-feira, 19 de junho de 2012

Neymar não é máquina. Desculpas não o ajudarão a crescer...

Neymar é craque? para mim sim pois já deu mostras suficientes disso. Embora não esteja no patamar que a imprensa brasileira o coloca, considerando-o apenas abaixo de Messi, o santista é sim decisivo e pode fazer a diferença na semifinal da Libertadores contra o Corinthians. Ele e Ganso em um dia inspirado podem ser o diferencial que o Peixe precisa para reconquistar a América e alcançar o tetracampeonato da competição continental.

Sendo assim as declarações do presidente Santista Luiz Álvaro não ajudam em nada o clube para a decisão desta quarta. Muito menos a Neymar. Essa excessiva proteção ao garoto está fazendo mal ao seu futebol e melindrando demais um atleta em formação. Porque as pessoas esquecem que apesar de craque, o atleta só tem 20 anos de idade, ainda está se formando e crescendo como jogador, com potencial de ser um dos grandes de todos os tempos.

A desculpa de Neymar estar cansado no primeiro jogo da decisão não cola porque em maratonas ainda maiores o jogador já fez a diferença. E olhe que ainda nem chegamos ao meio da temporada, onde Neymar teve férias prolongadas. Como ele mesmo falou em coletiva no CT do Peixe hoje, ele trabalhou menos que o ano passado se formos comparar o mesmo período.

O presidente do Santos precisa entender que nem todo dia é dia de show, e principalmente contra uma equipe equilibrada e fortíssima na marcação, Neymar pode não ter um dia inspirado. As desculpas são todas que começam a afetar o jogador, mesmo que indiretamente. Ou alguém acha normal o destempero do jogador santista no final da partida da última quarta?

Neymar também precisa entender que não é máquina. E por mais que diga que os seus compromissos não atrapalham o seu desempenho, ele precisa revê-los. Pois no início tudo é novidade, festa, energia. Mas um acúmulo dessa exposição excessiva, mesmo que seja para se manter no Brasil (que parece ser um desejo de Neymar) não compensa se o seu desempenho for prejudicado. Espero que o staff de Neymar que até agora foi competente tenha essa sacada.

Por fim, parem de desviar o foco. O clássico de amanhã tem tudo para ser um jogão entre duas equipes fortíssimas e nada está decidido, apesar da vantagem corintiana. Neymar pode ser um fator de desequilíbrio e levar sua equipe a mais uma final de Libertadores, mas vai precisar jogar muito mais do que jogou na primeira partida, ele mesmo sabe disso. E apesar do "chororô" da direção santista, Neymar também sabe o porque de não ter ido bem. 


Neymar e Luiz Álvaro juntos. Fonte: ESPN.com.br

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Porque não se cala Luís Fabuloso?

Sempre fui um crítico ferrenho da mesmice que o futebol anda se tornando, principalmente com relação as declarações de jogadores para a imprensa. Aquele discurso pronto em coletivas enfadonhas, onde imperam os xavões "vamos em busca dos 3 pontos" ou "é um jogo de 180 minutos", além do já batido "temos que respeitar a equipe x, mas vamos buscar o resultado positivo" são péssimos para quem trabalha com o noticiário esportivo mas necessário para o fantástico mundo do politicamente correto que o futebol se tornou.

O nível de profissionalização que o futebol atingiu faz com que o marketing e a imagem dos atletas seja tratada como produto, e qualquer declaração considerada infeliz pode fazer com que essa imagem seja desvalorizada. Com isso ficam cada vez mais raros os momentos de irreverência, provocação e zoação por parte dos jogadores ou treinadores, que sempre agem com um excesso de respeito absurdo e acabam tornando o espetáculo menos animado.

Mas apesar de ser contra essa chatice, considero que tudo tenha um limite. Quando as reclamações sai de um campo aceitável e viram desabafo para desestabilizar o próprio clube sou um crítico veemente. E considero que é exatamente isso que Luís Fabiano anda fazendo nos últimos tempos.

Primeiro cornetou a diretoria publicamente no caso de Paulo Miranda (leia aqui para relembrar o problema do zagueiro). Mesmo sendo o atual capitão da equipe, não deveria externar publicamente os seus pensamentos com relação a diretoria ainda mais num momento de decisão na época (quartas de finais da copa do Brasil). No brasileirão, levou 3 cartões em três jogos, ficou suspenso no quarto. Colocou a culpa justamente na sua recente condição de capitão, pois estaria mais exposto perante a arbitragem que ele alega que sempre o perseguiu nos campos tupiniquins.

A última aconteceu neste domingo, no jogo entre São Paulo e Atlético Mineiro, onde após falta dura, recebeu um cartão amarelo bobo no meio de campo. Logo depois, foi reclamar com o juiz da não aplicação de cartão amarelo para Ronaldinho Gaúcho em uma falta que considerou semelhante a sua, perdeu a medida e foi expulso. O árbitro Elmo Alves Rezende Cunha relatou na súmula, após ser expulso o Fabuloso soltou o verbo "Seu filho da p..., você é um v..., dá vontade de meter um soco na sua cara, vagabundo. (Vou) te encher de porrada" . Para completar saiu de campo chamando o árbitro de "filha da p..." para a captação de todos os repórteres que tentavam o entrevistar após a expulsão.

O artilheiro tricolor precisa entender que o capitão da equipe não pode confundir diálogo com o árbitro com xingamentos e desacato. Precisa jogar mais e reclamar menor, exercer a liderança não só com palavras, mas principalmente com exemplos, até porque está exercendo um papel de líder em um elenco de jovens jogadores que tem nele uma referência no clube. Pra quem pensa em volta a seleção Fabuloso ainda deve uma constância nas atuações e uma melhora no comportamento para voltar a disputa da 9 canarinho.

O matador São Paulino poderia simplesmente seguira "dica" do rei da Espanha (país por onde atuou por muitos anos): "Porque não se cala?"



Luís Fabiano reclama com juiz após expulsão. Fonte: ESPN.com.br

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Geniais e bestiais da Euro: Pitacos das duas primeiras rodadas.

Com o final da segunda rodada, gênio tático listou o top 5 genial e bestial da Euro 2012. Confiram abaixo os pitacos:


Super Mario comemora gol contra Holanda. Fonte: Uol.com.br

Geniais:

1 - Alemanha: No topo da lista, os germânicos que venceram suas duas partidas no temido grupo da morte, sendo a única seleção 100% da competição. Com um futebol encantador que já havia sido apresentado na África do Sul, os alemães vem confirmando seu status de favoritos da competição e almejam o tetra do torneio continental.

2 - França: Apesar do empate com a Inglaterra, a França mostrou o bom futebol que marcou as eliminatórias e os amistosos de preparação para a Eurocopa. Com um ataque forte e um sistema defensivo consistente, para mim os franceses são favoritos ao título se mantiverem este nível.

3 - Torcida irlandesa: A Irlanda chegou a Euro como patinho feio da competição, e não almejava muita coisa já que enfrentaria Espanha e Itália na fase de grupos. Mesmo assim, os dois jogos contra Croácia e Espanha a torcida Irlandesa marcou forte presença e apesar das duas derrotas, cantou e vibrou com a equipe, dando espetáculo. Um exemplo a ser seguido.

4 - Bola na rede: Com quase 3 gols de média, essa Euro tem sido repleta de vários bons jogos, até mesmo por parte de seleções com poucas expectativas do público. A combinação de muita disposição e técnica, aliada a arbitragem que deixa o jogo correr sem marcar faltas bobas faz com que o torneio após 16 partidas ainda não tenha tido um 0x0.

5 - Torcida feminina: Convenhamos rapaziada, que nos perdoem as leitoras mas que essa Euro está dando um show do lado de fora dos gramados, isso ninguém duvida. Belas mulheres acompanhando as pelejas só aumentam mais a vontade de parar para assistir os cotejos disputadíssimos.


Balotelli sofre racismo durante jogo contra Croácia. Fonte: Uol.com.br

Bestiais:

1 - Racismo: Como citado no blog recentemente (leia aqui) a UEFA lançou antes da Eurocopa uma campanha contra o racismo durante a competição, pois estava preocupada com possíveis casos dentro das partidas. Apesar de todas as medidas tomadas o italiano Ballotelli sofreu insultos nas duas partidas contra espanhóis e croatas, além de cantos racistas por parte dos russos contra os poloneses. Desagradável no mínimo ter que falar deste assunto.

2 - Confrontos entre torcidas: A rivalidade entre russos e poloneses chegou as vias de fato antes da partida entre as duas partidas. Pancadaria generalizada, prisões e confusões marcaram o pré jogo nos entornos ao estádio. Outra nota triste que deveria ser riscada do futebol, mas ainda persiste graças a imbecis que acreditam que futebol é mais importante do que a vida humana.

3 - Holanda: Como equipe, a maior decepção da competição. Apesar de ter caído no grupo da morte, era a favorita junto com a Alemanha para passar de fase. Após duas derrotas, joga todas as suas fichas no duelo contra Portugal, mas a guerra de egos entre os jogadores e a falta de comando do treinador Bert van Marvwick não me faz acreditar no milagre.

4 - Cristiano Ronaldo: Alguns dirão que eu estou maluco. Outros dirão que ele merecia estar na primeira posição do ranking bestial. O fato é que CR7 não consegue desempenhar um futebol parecido com o do Real Madrid. Jogando num 4-3-3 como atacante pela esquerda, o segundo melhor jogador do mundo teve atuação discreta contra a Alemanha, e apesar de ter melhorado um pouco contra a Dinamarca, perdeu dois gols que poderiam ter custado a eliminação de Portugal. Precisa melhorar se quiser sair da Euro como favorito a melhor do mundo deste ano.

5 - Anfitriões: Em 4 jogos, 1 vitória, dois empates e uma derrota. Polônia e Ucrânia poderiam fazer um melhor papel em casa, principalmente os Poloneses que caíram no grupo mais acessível da competição com Rússia, Rep. Checa e Grécia. A Ucrânia que venceu a primeira partida contra a Suécia e perdeu para a França não vem jogando bem, e com uma seleção envelhecida parece ter tido seu momento de glória justamente nos dois gol de Schevchenko que deram a vitória na primeira rodada. Prevejo uma fase final sem os anfitriões, repetindo Suíça e Áustria na edição passada.


Snjeider e Ronaldo participando do ranking bestial. Fonte: Trivela.uol.com.br


Curtiram o ranking? Caso não concordem, comentem as suas mudanças!













quinta-feira, 14 de junho de 2012

A melhor equipe venceu os melhores jogadores.

A semi final brasileira da Libertadores foi retratada como um duelo entre o individual e o coletivo. Por mais de 20 dias durante o intervalo entre a ciência do confronto até o jogo de ontem, muito se falou sobre o bom time corintiano e sobre os craques santistas Neymar e Ganso que poderiam decidir o duelo a qualquer jogada. E após muito debate, muito disse me disse, o jogo finalmente foi disputado.

O que se viu ontem na Vila Belmiro foram dois universos, um corintiano e outro santista. O universo corintiano entrou em campo sabendo que aquele era o jogo do ano até o momento e que aquela partida poderia decidir o destino da temporada do clube. Sendo assim os corintianos entraram com uma entrega fantástica, aliada ao bom posicionamento e marcação incansável para cima da equipe da baixada santista.

Já o universo santista deve estar sitiado em outra dimensão, pois era assim que os jogadores pareciam estar jogando. O que deu para sentir principalmente no primeiro tempo foi um total descompromisso da equipe do Santos, uma falta de vontade na marcação e um tremendo marasmo no campo ofensivo, sem movimentação  e passes errados aos montes. 

Em um desses passes, o Corinthians recuperou a bola e Emerson Sheik marcou um golaço após passe de Paulinho. Para mim numa falha bisonha de posicionamento da defesa do Peixe, pois deixou um atacante como Emerson parar, pensar e escolher o canto sem nenhuma marcação. Mesmo após a desvantagem, o Santos continuou jogando como se estivesse numa outra competição, jogando (com todo respeito, mas é time pequeno) o Oeste de Itápolis pelo Paulistão. Dava a impressão que os jogadores achavam que fariam o gol a qualquer momento, não havia vibração entre os atletas santistas.

Neymar foi muito bem marcado de novo, e de novo não soube como sair desta marcação. E como das outras vezes que isso aconteceu, ficou irritadiço e quase sofreu uma expulsão tola, mas ainda acabou conseguindo expulsar Emerson que fica de fora da decisão no Pacaembu. O craque precisa entender que a marcação ainda vai endurecer mais pra cima dele, e parar de se enervar quando não atua bem. Elano foi outro que estava péssimo, tanto que foi substituído no intervalo por Borges, pois havia tentado de tudo e não feito absolutamente nada de produtivo.

Enquanto uma equipe jogou uma semi de libertadores, outra jogou um amistoso contra um time pequeno. O resultado é que corintianos hoje comemoram e santistas se preocupam com o que há por vir. 

Não que esteja nada decidido, mas reverter o placar será complicadíssimo jogando no ritmo de treino de ontem. E apesar de ser um crítico fervoroso do modo que o Corinthians pratica futebol (não vou entrar em detalhes mas acho o estilo irritante e cansativo) tenho que dar os parabéns a equipe de Tite que cumpre como poucas equipes o que o treinador requer em âmbito tático.

Se o Santos não melhorar o seu coletivo e o seu espírito, pode esquecer o tetra da competição continental. Já os corintianos começam a se aproximar do sonho de conquistar a América pela primeira vez na sua história centenária.


Émerson comemora gol contra o Santos. Fonte: Yahoo.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Dinheiro ou poder?

Apesar do desenrolar da Euro estar ofuscando um pouco essa inter temporada européia no quesito contratações, uma notícia no início dessa semana agitou demais o mercado de clubes na Europa. O zagueiro brasileiro Thiago Silva, atualmente ídolo do Milan pode trocar os rossoneri por Paris, indo jogar no clube dirigido por Leonardo (que o indicou para o clube milanista), o Paris Saint-Germain, num valor digno do atual melhor zagueiro do mundo: 46 milhões de Euros.

O Milan que havia recusado uma proposta inicial de 40 milhões de Euros, resolveu liberar o jogador para negociar com o clube da capital francesa. Thiago está em Paris e deve bater o martelo sobre esta transferência ainda essa semana. Fontes da imprensa francesa indicam que o clube oferece salários de cerca de 10 milhões de Euros anuais, por volta de 4 milhões a mais do que o que o "monstro" recebe no Milan.

Todos sabem que o Milan é um clube que não possui mais tanto poderio financeiro quanto outros gigantes europeus, e o presidente Silvio Berlusconi já admite vender o brasileiro para equilibrar as contas, mesmo motivo da venda de Kaká para o Real Madrid em 2009. A torcida milanista já começa movimentos de apelo para que o zagueiro permaneça na equipe para a próxima temporada, mas cada notícia nova desanima mais os torcedores do clube de Milão.

Agora a decisão está com Thiago. Ele escolherá o dinheiro dos xeiques franceses ou o "poder" do Milan em disputar sempre competições importantes lutando por títulos? Complicada a escolha pois se trata de um jogador profissional, e sendo ele um trabalhador, deve lutar pelo melhor salário possível, ainda mais sabendo que a profissão de jogador de futebol é uma carreira curta e ingrata, onde atletas correm riscos de lesões ou acidentes e terem suas carreiras encerradas.

Ao mesmo tempo, deixar o Milan para disputar o campeonato francês é um retrocesso em termos competitivos. Não que Thiago vá ser escanteado da seleção, mas ficará atuando em um campeonato muito menos exigente que o italiano. Além disso, mesmo que o zagueiro queira se transferir, outros clubes bem mais estruturados e que disputam campeonatos bem mais importantes também mostram interesse no atleta (Barcelona, Real Madrid e Manchester City aparecem como candidatos) e que poderiam ser um destino bem mais agradável em termos desportivos.

Thiago e sua família tem uma decisão importantíssima a fazer agora, que pode ser a escolha de sua carreira.Não critico nenhuma decisão que ele tome, mas seria triste para o futebol ver Thiago atuando em Paris. O dinheiro venceria o duelo.

Dinheiro ou poder, o que vocês leitores escolheriam?


Thiago em campo pelo Milan. Fonte: site oficial do Milan

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Nem tanto, nem tão pouco.

Após uma série de 4 jogos, a seleção brasileira sai de cena. Pelo menos por enquanto. A excursão que teve um aproveitamento de 50% com duas vitórias e duas derrotas fazem com que a desconfiança da torcida em geral persista sobre a seleção. mas os desempenhos nos amistosos trouxeram alento para aqueles que esperam que o Brasil tenha um ótimo desempenho na Olimpíada trazendo a medalha dourada, e que o time seja a base para a seleção que tentará o Hexa na copa em 2014. Com alguns ajustes, diria que o Brasil fica entre um dos 3 favoritos a conquista do Ouro, junto com Espanha e Uruguai, com Egito correndo por fora.

Quando Mano Menezes finalmente parou de inventar em suas convocações, e colocou o melhor nas posições, armando o time de acordo com as características dos atletas disponíveis, o time teve uma visível melhora. O resultado de 3x1 contra a Dinamarca trouxe um bom futebol coletivo, coisa que andava faltando na seleção ultimamente, que vivia de lampejos de Neymar ou jogadas individuais dos laterais para produzir algo.

A excursão teve destaques positivos como o jogo contra a Dinamarca e a derrota contra a Argentina, e negativos como a apática apresentação diante do México. No geral, o saldo foi positivo como o "surgimento" de Oscar na seleção, jogando grandes partidas e assumindo a camisa 10 (abre o olho Ganso!). Hulk também foi muito bem e conseguiu colocar uma dúvida na cabeça de Mano sobre os 3 jogadores que serão convocados acima da idade olímpica. A dupla de volantes com Sandro e Rômulo se firmou e apesar de algumas falhas individuais, deve tomar conta do meio campo em Londres.

De preocupante, fica a zaga. Juan jogou as 4 partidas e não foi bem em nenhuma. Muito inseguro e erros infantis que custaram gols contra o Brasil. Já Bruno Uvini entrou numa fria contra a Argentina de Messi, mas mostrou que não tem o nível suficiente para ser zagueiro da seleção nos Jogos Olímpicos de Londres. Outro que mostrou fraco desempenho foi Leandro Damião que desperdiçou várias oportunidades e vê sua chance passando para um Alexandre Pato mais rodado em competições importantes.

Em geral, o saldo foi positivo e a base deve ser mantida. Mano sai um pouco menos pressionado para montagem da equipe, mas precisa ainda melhorar no quesito alterações e mudanças táticas durante o jogo. Apesar desses pesares, o Brasil deve encorpar ainda mais e tem tudo para fazer papel bonito em Londres.


Neymar batendo escanteio no jogo contra os hermanos. Fonte: Trivela.uol.com.br

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Não deu pra ter sono. Pelo contrário!

Começou hoje na Polônia a UEFA Euro 2012. Contando com 16 seleções do continente europeu, a segunda maior competição de seleções no mundo que também tem como sede a Ucrânia promete fortes emoções nos próximos dias, com grandes jogos entre potências continentais e grandes craques desfilando seus talentos durante a competição.

Dito isto, confesso que não estava muito empolgado para a rodada de estréia da competição, até porque nenhuma das seleções que chegaram como favoritas entraria em campo hoje. Polônia e Grécia foi o jogo escolhido para ser a abertura do torneio. Vi a tabela e não me animei muito com o programa, mas vamos lá, afinal tinha que postar pra vocês! 

E pra ser sincero, ainda bem que vocês me motivam a atualizar este blog, porque o jogo foi emocionante. Claro que não foi o maior primor de técnica e qualidade nas jogadas, mas foi um bom duelo entre poloneses e gregos, um jogo com todos os ingredientes possíveis: gol bonito, gol feio, falhas individuais dos jogadores, juiz errando, jogadores expulsos, penalti perdido, enfim, de tudo um pouco. O placar de 1x1 acabou desagradando as duas equipes, apesar dos gregos terem saído menos chateados por terem conseguido reverter o jogo no momento em que jogavam com um a menos.

Intervalo de uma hora e veio o outro jogo do dia, tendo como protagonistas Russos e Tchecos. Os primeiros vindo de uma boa fase de classificação e bons resultados nos amistosos recentes. Já os tchecos chegaram a competição com muita desconfiança e alcançar a segunda fase da competição já seria uma vitória. O jogo que em tese parecia no máximo bom foi ótimo. Os russos com um ótimo toque de bola, com Arshavin voltando aos tempos áureos quando despontou na última Eurocopa, com um Dzagoev tentando deixar de ser uma promessa e virar uma realidade passou por cima da República Tcheca frágil na defesa e com seus principais jogadores em péssimas condições físicas. O resultado de 4x1 foi pouco para que os Russos fizeram.

Pra quem achava como eu que os jogos de hoje seriam enfadonhos e chatos, nos enganamos. A Euro teve um início empolgante e emocionante que serviu de cartão de visitas para o que a competição deve nos oferecer!


Dzagoev comemora seu segundo gol na partida para a Rússia. Fonte: Trivela.uol.com.br


quarta-feira, 6 de junho de 2012

Planeta sem "macacos"

Não se assustem leitores. Não estou defendendo o extermínio dos primatas nem anunciando que eles entraram em extinção. O tema do post hoje trata sobre um problema tão grave quanto os  hipotéticos citados e anda gerando muita controvérsia principalmente na Europa: o racismo.

Levanto o tema após a decisão da UEFA em permitir que os árbitros paralisem a partida se identificarem atos racistas das torcidas durante os jogos. Michel Platini em entrevista para a BBC de Londres afirmou que o problema do racismo é um problema cultural e que não está só nos países sedes da competição (Polônia e Ucrânia) mas sim em todo mundo. Além disso reiterou o empenho da UEFA em combater essa prática dentro dos estádios apesar de considerar "não ser responsável pela sociedade".

Particularmente, fico feliz pela decisão da UEFA. O último caso que lembro ter visto aconteceu com Neymar na Bolívia, onde os torcedores atiraram bananas no atleta quando este partia para cobrança do escanteio. Cena triste e desagradável, que não teve nenhuma punição por parte da Conmenbol (que é ridícula, diga-se de passagem). Apesar de não ter levado a diante as reclamações, foi visível a chateação de Neymar no caso, tanto que fez questão de jogar (e humilhar) a equipe boliviana no jogo de volta.

Medidas como essa adotada pela UEFA ajudam mas não resolvem o problema, logicamente. A questão cultural, social e até econômica da Europa influi diretamente para o fenômeno crescer e multiplicar. Como o presidente da entidade européia citou, a questão deve ser debatida dentro da sociedade que de certa forma já é criada dentro desse preconceito, para que haja uma melhoria real nesse aspecto. Num esporte onde o maior jogador de todos os tempos é negro, onde grandes craques de diversos países são negros, não se pode admitir atitudes racistas.

Polônia e Ucrânia são países do Leste Europeu onde ultimamente tem crescido o número de casos de racismo relatados nos campeonatos locais. Essas ocorrências aumentam ainda mais a preocupação de atos racistas durante a competição e aumentam a tensão da organização da UEFA e dos dois países.

Que a festa seja bonita, bem organizada e com um ótimo futebol. 

E que as bananas sejam guardadas pros macacos. Os macacos de verdade, que eu espero que ainda durem bastante tempo nas florestas mundo a fora!


Platini craque dentro e fora dos campos. Fonte: Trivela.uol.com.br

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Saudades do "jogo jogado".

Os amistosos e  as Eliminatórias pra Copa do Mundo amenizam, mas em meio a uma semana de onde se fala no caso Ronaldinho dia e noite, tomando conta de todos os noticiários (até dos não esportivos especificamente) pra mim fica a saudade de ver o futebol, o clube de coração, o jogo que vale 3 pontos ou classificação pra fase seguinte. 

Eu particularmente gosto de ver o futebol, o jogo. Nunca fui muito de praticar o esporte, até porque não tenho habilidade alguma, a não ser com as mãos no controle do videogame. Mas ver, isso eu faço desde que me entendo por gente. Acho que a minha lembrança mais remota do futebol foi a eliminação da copa de 1990 quando o Brasil perdeu pra Argentina de Maradona (com uma perna só), 1x0 gol de Cannigia. Eu tinha apenas 4 anos, não lembro de detalhes do jogo, mas lembro de ter ido com meus pais a casa de um tio meu ver o jogo. E lembro da cornetagem após a eliminação da seleção, que eu na época não entendia direito.

Acho que o futebol sempre me causou um fascínio que até hoje eu não consigo explicar direito. Pode ser um jogo ruim, de times sem importância, mas eu já procuro logo saber quem é e qual campeonato jogam. Se for um dia que eu esteja de bobeira em casa, assisto quantos jogos passarem no dia. De vez em quando até me impressiono, pois já cheguei a ver 6 partidas no mesmo dia. Isso mesmo, 6.

Digo isso porque sou um apaixonado por futebol, mas não sou o único. O esporte bretão é como uma Deusa que tem milhões de súditos apaixonados e que fazem quase tudo por ela. E por mais que seja legal os bastidores da bola, saber de contratações, dispensas, debates sobre os momentos de cada clube, o que o torcedor quer mesmo ver é o gol, é o "jogo jogado". Tudo isso que eu citei são apenas reflexo do que acontece dentro das 4 linhas, de onde as coisas são realmente decididas.

Todo esse universo de "indústria da fofoca" no futebol, que eu particularmente até acho divertido e interessante, mas tem um limite. A falta de assuntos fazem com que o "caso Ronaldinho" seja jogado incessantemente na mídia esportiva a ponto de perguntarem ao irmão do primo do tio do sobrinho do amigo do porteiro da gávea se ele sabe de alguma coisa sobre o Ronaldinho chegar bêbado nos treinos, por exemplo. É um pouco demais.

Mas isso está acabando já que essa semana volta o Brasileiro e a Eurocopa se inicia. Ainda bem, o jogo voltará a ser jogado. Para o nosso deleite, espero que muito bem jogado!


Cannigia dribla Taffarel e marca o gol da eliminação canarinho na copa de 1990. Fonte: Goal.com/br