quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Rápida e eficiente, seleção nos faz acreditar em um 2015 melhor

Não vai ser um ano fácil de se recordar pra história da seleção brasileira. Uma Copa do Mundo em casa, com todo apoio da torcida, um bom elenco que tinha possibilidades de conquista do hexacampeonato terminou de forma trágica com uma goleada histórica sofrida na semifinal contra a Alemanha. Aquele 7x1 jamais será apagado da história dos mundiais, muito menos da história do futebol brasileiro. Sendo assim, o que viria após uma derrota tão acachapante?

Veio Dunga. E com ele, o descrédito, já que o treinador havia fracassado em 2010 na África do Sul. Torcedores e comentaristas não acreditaram muito no que Dunga poderia fazer para reconstruir um trabalho que foi arrasado pelo verdadeiro bombardeio alemão (com uma ajuda da artilharia holandesa). E Dunga iniciou seu trabalho com desconfiança (já deve estar acostumado com isso durante toda sua carreira como jogador e treinador), duas vitórias magras diante de colombianos e equatorianos. Veio a sequência do trabalho, com vitórias sobre a Argentina (freguesa nos últimos anos) e Japão. O time conquistou uma certa confiança. 

Na última semana, a seleção se reuniu para dois amistosos. O primeiro foi um show de bola contra uma Turquia que parecia não entender o que estava acontecendo, porque Neymar e Willian pareciam prever onde a bola ia e a controlavam de forma magistral. O 4x0 foi o suficiente para a seleção brasileira ser aplaudida de pé pelos turcos que compareceram a partida. Já contra a Áustria, o jogo foi muito mais duro, e a seleção sofreu o primeiro gol depois de 524 minutos sem ter a meta vazada. Mas a bomba de Roberto Firmino (que já tinha sido citado por este blogueiro após o jogo diante do Japão) garantiu a sexta vitória em seis jogos para os brasileiros.

O saldo desse início de trabalho é bom, e o Brasil parece estar formando uma equipe jovem e competitiva para o próximo ciclo.Os dois últimos amistosos mostraram que jogadores como Firmino e Douglas Costa tem potencial para se firmarem na seleção. Mostraram também que o time está muito consciente em campo, com variações táticas, jogadas ensaiadas, muita movimentação e velocidade. Com isso, nada de centroavante paradão (Luiz Adriano, desculpa, mas não dá nem você nem ninguém do seu estilo) nem de laterais extremamente ofensivo (Dani Alves e Marcelo tem grandes chances de não voltarem a seleção).

O ano de 2015 promete com a Copa América e o início das eliminatórias para o Mundial 2018. E o Brasil parece estar se recuperando do grande golpe sofrido em 2014. Até onde esse time de Dunga pode chegar, não sei. Mas o futebol apresentado traz uma esperança de dias melhores para a seleção.


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