domingo, 12 de outubro de 2014

De volta para o futuro

No último sábado, passado e futuro se misturaram no Ninho do Pássaro, em Pequim. Brasil e Argentina duelaram pelo "título" do Superclássico das Américas, no primeiro jogo entre as duas equipes após a Copa do Mundo. A albiceleste era favorita, já que foi vice campeã do mundo em Julho, e vinha de goleada sobre a Alemanha. Além disso, apesar de Tata Martino ter assumido o comando da equipe, a base da equipe é a mesma do mundial. Já o Brasil sofreu uma reformulação maior depois do vexame histórico de 7x1 diante da Alemanha. Alguns velhos conhecidoscomo Kaká e Robinho foram trazidos de volta, e o sistema de jogo foi modificado pelo novo (velho) treinador Dunga. Diego Tardelli ganhou a condição de titular, dando uma mobilidade maior ao ataque brasileiro. O time também passou a jogar com dois meias, com Willian e Oscar responsáveis pela armação.

No início, o jogo parecia que ia ser todo da Argentina. Marcando a bem a saída de bola brasileira, com um Di Maria inspirado, o Brasil parecia perdido e os Argentinos a qualquer momento fariam o gol. Mas foi aí que o Brasil de Dunga mostrou a que veio, no melhor estilo Dunga de contra-atacar que se caracterizou a sua primeira passagem na seleção. Após cruzamento de Oscar, a zaga falhou e Tardelli pegou um belo sem pulo que não deu chances a Romero. Messi teve a chance do empate num pênalti duvidoso, mas Jefferson pegou. Segundo tempo o Brasil voltou melhor e a Argentina diminuiu o ritmo. Na bola parada (outra marca de Dunga em sua passagem anterior no scratch cebeefiano), Tardelli fez o segundo dele e consolidou sua posição de herói da noite. Neymar ainda perdeu outro gol incrível, mas o Brasil venceu. Dunga novamente batia os Argentinos (nunca perdeu pros hermanos como treinador da equipe principal brasileira).

Esse jogo mostrou o que Dunga está querendo do time. Ficou nítida a grande disciplina tática, uma opção pela velocidade ao invés da referência fixa no ataque, uma opção por laterais mais defensivos para liberação dos meias e um time sólido defensivamente. Esses, ao meu ver, serão os pilares táticos e técnicos para a montagem dessa seleção brasileira.

Qualquer semelhança com o time de 2010, não será mera coincidência.

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