terça-feira, 14 de outubro de 2014

Brasil rápido no ataque e sólido na defesa.

A seleção brasileira triturou o Japão por 4 x 0, no amistoso disputado hoje pela manhã em Cingapura. Neymar marcou os quatro gols, chegando a 40 com a camisa amarelinha. Mais uma vez o Japão não foi páreo para a seleção. Final de jogo, e ficam algumas análises sobre os quatro primeiros amistosos que o Brasil fez após a traumática Copa do Mundo no Brasil e o inesquecível 7 x 1 tomado contra a Alemanha.

Primeiro ponto: o Brasil de Dunga ainda não sofreu gols. Esse dado esconde alguns defeitos, já que as duplas de zagas foram variadas nos testes, Miranda ainda está se adaptando e o próprio Thiago Silva ainda deve voltar a integrar a equipe. Mas ficou claro que Dunga irá priorizar uma consistência defensiva no seu time, e irá liberar menos os laterais. Marcelo e Daniel Alves tendem a ser preteridos, e laterais com bom posicionamento defensivo como Felipe Luís devem ter uma maior regularidade.

Além disso, os volantes serão peças fundamentais nesse esquema, pois têm de fazer o balanço defensivo e ainda conseguir chegar ao ataque. Nesse quesito, ao meu ver levam vantagem Ramires, Luis Gustavo e Souza.  Ainda no meio de campo, Oscar e Willian saíram na frente, mas não devem ter vida fácil, pois Phillipe Coutinho e Everton Ribeiro estão jogando muito e pedindo passagem. Particularmente eu não sou muito fã da dupla do Chelsea, acho que os dois citados estão em melhor fase e mereciam uma oportunidade da titularidade em alguns amistosos. Dunga tem uma boa dor de cabeça.

Quanto ao ataque, Tardelli e Neymar até agora formaram uma boa dupla, com muita velocidade nas tabelas e movimentação constante na frente, dificultando a vida das zagas adversárias. Com a média de dois gols (sendo 7 dos atacantes citados) por jogo, o Brasil tem concluído bem a gol nos amistosos, mas ao meu ver, ainda preocupa no quesito peça de reposição. Ainda sofremos do mesmo mal do último mundial, onde sem Neymar o ataque ficaria "sem peso". Robinho dificilmente chegará em 2018. A verdade é que faltam bons atacantes para vestir a camisa da seleção. Um nome que seria interessante a se observar é o de Roberto Firmino que vem jogando muito bem a Bundesliga pelo Hoffenheim, sendo mais um nome desconhecido do grande público brasileiro. E ainda defendo a volta de Hulk a seleção, mas o paraibano parece ter caído em desgraça com Dunga devido ao seu corte mal explicado nos primeiros amistosos da era Dunga.

Pra início de trabalho, Dunga conseguiu o que mais desejava: vitórias. Elas darão a tranquilidade e a confiança necessária para que o treinador possa aos poucos moldar a equipe a sua maneira e conseguir obter o êxito nas disputas que se seguirão, como a Copa América e as Eliminatórias para Copa 2018.


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