quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Um sábado no Rei Pelé

Primeiramente, gostaria de me desculpar pelo atraso dessa postagem. A semana foi meio turbulenta e eu só tive tempo e calma suficiente pra desenvolver o texto agora. Mas vamos ao que interessa: que jogo no Rei Pelé!

O CRB mostrou futebol eficiente e em alguns momentos bonito, com uma equipe bem posicionada e que sabia o que queria em campo, e ampliou a vantagem já obtida no jogo de ida no Rio. Com a vitória por 2x0 em casa, o Galo da praia confirmou seu acesso para a série B. Agora o Galo enfrenta o Macaé pela semifinal da série C, e almeja conquistar o título inédito para a torcida regatiana. Mas o texto quer abordar a experiência do torcedor. E nessa o torcedor mais chorou do que sorriu, principalmente devido ao amadorismo dos organizadores do evento.

A chegada ao estádio foi relativamente tranquila. O Rei Pelé tem duas vias de acesso (Siqueira Campos e pela praia da Avenida) e o fluxo de veículos, em se tratando de dia de jogo, estava razoável. Eu e meus amigos chegamos a porta do estádio e a primeira surpresa: uma fila quilométrica para entrar, faltando cerca de duas horas para o início do jogo. Pacientemente, fomos até o final da fila, esperamos mais de uma hora, quando ela começou a acelerar. Entrando no estádio, nova surpresa: abriram as catracas e a fila foi desfeita na rampa de acesso as arquibancadas. As revistas estavam sendo feitas antes das catracas de ingressos de forma desordenada, com uma quantidade absurda de gente. Passada a revista, o pior momento: o afunilamento daquele mar de gente para passar o ingresso na catraca. Pessoas empurradas, machucadas e esmagadas para conseguir ver o time do coração no jogo mais importante do ano. Mais uma barreira superada, entramos no estádio (já lotado) cerca de 20 minutos antes do início da partida. Fomos ao local que acreditamos estar menos cheio pra ver a partida, atrás de um dos gols. Assistimos o jogo de pé (isso eu particularmente atê gosto mas tem gente que não aceitaria), e curtimos a vitória do Galo. A saída do estádio foi relativamente tranquila.

Como torcedor, ficam os velhos questionamentos: Foram anunciados pouco mais de 17.500 presentes no estádio. Visualmente e de acordo com alguns relatos de policiais, tinham pelo menos umas 20.000. Porque a conta não bate? Porque a diretoria já não conta com uma média das gratuidades? Porque o torcedor tem que ser tratado como gado? Porque, num jogo que um dia antes já estava certo de ser o maior público do ano no Rei Pelé, os portões só foram abertos duas horas antes do início do jogo?

São questionamentos que eu não consigo responder de forma coerente. Se alguém puder ajudar, eu ficaria grato.

Mas a festa dentro do estádio foi de arrepiar. A nação regatiana vibrou, sofreu, fez mosaico, piscou os telefones, cantou sem parar e saiu do Trapichão de alma lavada. O CRB vai estar entre os 40 melhores clubes do Brasil em 2015. E vai buscar o título nacional nesse final de temporada. Tudo isso vivido em mais um sábado no Rei Pelé...

Apesar de todos os problemas pra te acompanhar, Avante Galo!

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