Nesse fim de semana as atenções na Europa se voltaram para o campeonato Alemão e Espanhol, por motivos similares: decisão de títulos. Ainda que o superclássico entre Barça e Real não tenha decidido matematicamente o título, o jogo valia muito para as pretensões de ambas as equipes na liga das estrelas. Já o Borussia tinha possibilidade de garantir o bicampeonato alemão e encerrar a hegemonia do Bayern de Munique, já que o clube Bávaro desde 2003 nunca ficou dois anos seguidos sem o título da Bundesliga.
Começamos pelos campeões. Ou melhor, bicampeões. A vitória de hoje sobre o Monchengladbach por 2x0 serviu para coroar a brilhante campanha dos comandados de Jurgen Klop. A equipe que após um início conturbado está a 26 partidas invicto na Bundesliga (sendo 21 vitórias e 5 empates) conquistou a Salva de Prata por méritos, consolidando a recuperação do Dortmund no cenário alemão. Numa equipe onde o coletivo se destacou mais do que alguma individualidade, o Borussia imprimiu seu estilo de jogo forte e veloz, com jogadores leves e rápidos na frente. Destaque para Kagawa, Gotze (que se machucou no meio da temporada) Lewandovski, Kuba, Blazkowski, Hummels, Weindefeller, dentre outros. Pra quem não acompanha muito a liga alemã, recordo aqui um texto do dia 17 de março que já destacava esta jovem equipe. Parabéns aos merecidos campeões!
Passando agora para La Liga e o superclássico entre Barcelona e Real Madrid. Um jogo decisivo, onde o Real chegou com 4 pontos a frente do Barcelona para o duelo e almejava pelo menos não perder para ficar tranquilo para conquista da Liga. Para o Barcelona, era a última cartada na tentativa de um tetracampeonato espanhol, feito alcançado pela última vez pelo Dream team na temporada de 93-94. Messi contra Cristiano Ronaldo, os dois artilheiros da liga com 41 gols.
No fim, quem se deu melhor foi o Real Madrid. Com uma marcação fortíssima no sistema defensivo e sempre perigoso nos contra ataques, o Real conseguiu fazer com que o Barcelona produzisse pouco perigo contra a sua meta. O Real foi mais time que o Barcelona e se impôs ofensivamente e defensivamente. Além disso, o time conseguiu controlar mais os nervos, e se preocupou mais em jogar do que em polemizar. Ainda que Casillas tenha sido figura importante com 3 ou 4 defesas no segundo tempo, o Real poderia ainda ter ampliado no final com um gol incrivelmente perdido por Cristiano Ronaldo. Cristiano que foi protagonista do encontro, vencendo o duelo particular contra Messi, marcando o gol da vitória dos merengues no clássico (gol de número 42 no campeonato, um recorde).
Imagem publicada no site do Real Madrid em alusão a comemoração do gol marcado pro Ronaldo.
Muitos dirão que foi só uma vitória no meio dos passeios que o barcelona vinha dando no Real, mas enxergo nesse jogo uma vitória emblemática para o Real no confronto direto contra seus arquirrivais. As atenções dos gigantes espanhóis se voltam agora para a Champions League, onde ambos terão que reverter desvantagens obtidas no primeiro encontro das semifinais da Champions: Real tem de vencer o Bayern sem tomar gols para garantir a final, ou vencer por mais de um gol de diferença. 2x1 para os merengues e o jogo irá paras as penalidades. Já o Barça precisa reverter o 1x0 sofrido em Londres contra o Chelsea. Repetição do placar para o Barcelona e iremos para a disputa das penalidades. Vitória por mais de um gol de diferença dá a classificação aos cúles. Já o Chelsea joga pelo empate ou vitória pela margem mínima desde que marque gol.
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